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1,3 mil famílias do MST invadem fazenda da USP em Londrina

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) liderou na tarde desta segunda-feira (17) a invasão da Fazenda Figueira, em Londrina.

De acordo com o movimento, 1.390 famílias – a maioria originária do acampamento Serraria do Viana, em Tamarana – estão na propriedade de 3,7 mil hectares, localizada no distrito de Paiquerê. A fazenda é utilizada como um centro de pesquisa da Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz, de Piracicaba (Fealq), instituição ligada à Universidade de São Paulo (USP).

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De acordo com a direção do MST na região, a área está arrendada para terceiros e é cotada para desapropriação para reforma agrária em programa do governo do Estado e da Superintendência Regional no Paraná do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

Ângela Pascoal, é uma das lideranças do MST na Fazenda Figueira. Ela trabalha no movimento na região há 18 anos e explicou que as 1.390 famílias pretendem ficar na área para trabalhar a terra com dignidade.

“Na verdade, esta é uma fazenda do Estado. Está no Paraná e foi doada para uma universidade de São Paulo. É uma área que já está sendo negociada com o governo do Estado e com o Incra, com o objetivo de fazer a reforma agrária. E todas as informações que temos dão conta de que a área toda é arrendada. Tem algumas famílias que trabalham aqui, mas a área é toda arrendada.”

 

O administrador da Fazenda Figueira, José Renato da Silva Gonçalves, limitou-se a dizer que foi surpreendido pela invasão, pois a fazenda experimental tem índices de produtividade muito acima do exigido. Ele disse que estava, juntamente com a Fundação Luiz de Queiroz, reunindo documentação e informações para embasar um comunicado oficial.

Segundo funcionários, a fazenda tem hoje 6 mil cabeças de gado, a maioria de corte, e também gado leiteiro, em uma área de pastagem de 1.850 hectares. A propriedade também tem 350 hectares de soja, milho, trigo e sorgo.

De acordo com Ângela Pascoal, a entrada dos militantes do MST na propriedade foi tranquila e a administração da fazenda indicou o melhor local para o acampamento, próximo da sede e com boas condições de abastecimento de água para milhares de acampados.

Fonte: Jornal de Londrina, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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