Em 2009 todos o setores da economia vivenciaram um ano difícil, recheado de incertezas, dificuldades e obstáculos que exigiram grande esforço para serem transpostos. Assim, gostaríamos de saber a sua opinião sobre quais serão os 3 principais desafios para a pecuária de corte em 2010.
Em 2009 todos o setores da economia vivenciaram um ano difícil, recheado de incertezas, dificuldades e obstáculos que exigiram grande esforço para serem transpostos.
Falando especificamente da pecuária de corte, após o agravamento da crise econômica no final de 2008, vimos o crédito “secar”, as exportações recuarem em receita e volume, investimentos serem cortados, variação cambial afetando os resultados e queda nos preços da arroba, que pegaram todo o setor de surpresa após um ano de preços altos e expectativa de aumento na demanda.
Diante desta realidade, a crise dos frigoríficos atingiu em cheio a cadeia produtiva da carne e o problema se desenrolou ao longo do ano, com grandes frigoríficos fechando suas portas e entrando em recuperação judicial. Podemos dizer que essa crise estimulou e desencadeou um agressivo processo de consolidação, no qual algumas empresas foram vendidas e outras se fundiram, criando grandes conglomerados na indústria da carne, fato que também preocupa o setor devido ao intenso processo de concentração.
Ainda tivemos dificuldades com nosso sistema de rastreabilidade, que até o momento ainda não foram resolvidas, e a questão ambiental aumentando as cobranças sobre a pecuária e colocando uma nova “palavra” na agenda de pecuaristas, frigoríficos, varejo, indústria de insumos, Governo e consumidores: Sustentabilidade.
Assim, gostaríamos de saber a sua opinião sobre quais serão os 3 principais desafios para a pecuária de corte em 2010 – o que denominamos de “3D da pecuária de corte”. E ainda, o que poderá ser feito para impulsionar a cadeia no Brasil.
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Como mencionado na materia acima, concordo que um dos grandes problemas que enfrentaremos em 2010 será a falta de opções para abate, ja que frigorificos como JBS estão monopolisando o mercado., fazendo com que não exista concorrencia. Quanto a rastreabilidade, todos sabemos que não existe um projeto sério e viável, o que somente tem nos gerado custos adicionais à nossa atividade.
Não me lembro de um outro momento na Pecuária de Corte como o que estamos vivendo hoje. Sem margem de lucro e o pior sem perspectiva de melhora a curto e médio prazo.
Primeiro: retomada das exportações a nívies anteriores a crise e principalmente em mercados onde a carne é mais valorizada;
Segundo: maior equilibrio entre boi gordo e bezerro, isto é, menor custo de reposição. Este ponto na minha opinião é o grande gargalo da pecuaria de corte.
Terceiro: avanço na rastriabilidade. Os orgãos competentes mais os pecuaristas tem que encara este ponto com mais responsabilidade.
Os desafios são enormes e o que me preocupa é o fato de todos os ônus estarem recaindo sobre a pecuária. Nosso desafio maior é a questão ambiental, pois, está em pauta o Código Florestal Brasileiro que deveria ser Código Ambiental, trazendo o urbanismo para a berlinda, juntamente com o setor produtivo. Acredito que teremos que viabilizar a rastreabilidade sob pena de não conseguirmos reconquistar mercados de suma importância como União Eur e também não menos importante, estarmos atentos para a concentração excessiva na indústria frigorífica.
À minha perspectiva, creio que enfrentaremos os seguintes desafios;
– Demanda crescente nacional e internacional , visto aumento o poder aquisitivo no Brasil e sinais de recuperação da crise e retomada do acesso á crédito;
– Amadurecimento das idéias relacionadas ao controle de rastreabilidade, sanidade e qualidade dos lotes de abate, decorrente da concentração de frigoríficos (poucos que buscarão melhor aproveitamento da carcaça e mercados internacionais) e pressões da nova atitude “Sustentabilidade”; e por fim
– Produção e expansão de outras raças com menor atividade no Brasil, visto a entrada em mercados de consumo premium que buscam carnes com melhor marmoreio, composição nutricional e sabor diferenciado.
Vale relembrar a frase de Albert Einstein que dizia, no século passado: “Nunca penso no futuro. Ele chega rápido demais”.
Hoje, século XXI com um mundo globalizado e interligado essa frase fica cada vez mais atual.
O Brasil precisa ser o país do presente, aprimorando, cada vez mais, a estratégia desenvolvimentista com a interiorização do progresso e redução dos desníveis regionais.O Sertão não virou mar, mas produz a comida de quem vive na beira do mar.
Recessão nunca mais.Vale implementar os 5C, caracteres da competitividade:Capacitação,Cooperação,Comunicação,Compromisso e Confiança.
A retomada e o aquecimento do mercado da construção civil são fatores de redução para a taxa de desemprego. É geração de trabalho e renda, melhora a economia e promove o social.O fator elasticidade renda, ainda, é favorável para o mercado da carne.A carne não é fraca, ainda , é bem forte.
Vale a pena aproveitar o momento favorável para implementar uma estratégia de marketing institucional pelas entidades do setor.Comunicar bem, de forma eficiente e eficaz, é preciso.
A chamada crise financeira mundial, do momento, foi de especulação e não de produção. Aí está a nossa vantagem, o nosso diferencial. Fomentar a inovação tecnológica e mercadológica, agregar valor à matéria prima boi gordo, melhorar o preço ao produtor sem afastar e penalizar o consumidor.
Terras, climas variados e uma população jovem, precisando, no entanto, de melhorias na educação para garantir a nossa provisão interna e o excedente para a exportação.Existem lugares para todos.
Brasil, vamos continuar avançando, produzindo e preservando. A Nossa Terra não pode parar.
PAULO CESAR BASTOS é engenheiro civil e produtor rural
Primeiro – alto custo dos insumos
segunda – carga tributaria
terceiro – ausencia de uma política efetiva na busca de soluções para exportar para mercados que remunerem melhor
Para mim os 03 D da pecuaria em 2010 serão:
-O monopólio dos frigorificos sobre o mercado da carne,
-A imcompetência ou até mesmo má fé do governo para com nosso setor e
-com certeza o aumento dos custos.
Primeiro: Acredito que o grande desafio, será a mudança da imagem da pecuária no Brasil e o Mundo;
Segundo: Aumento de Produtividade, isso é aumentar a produção em uma menor área, para atender a demanda crescente sem abrir novas áreas e perdendo área para agricultura.
Terceiro: Profissionalismo da pécuaria, pois em boa parte o pecuarista não sabe quanto lhe custo a @ produzida, entre diversos outros índices muito importante.
Isso é o que eu acredito.
Estimo que são:
1- Dificuldade na reposição ( Falta de bezerros ).
2- Custo de produção incompatível com as margens do negócio.
3- Falta de interesse do governo em buscar meios que valorize o produto para não inflacionar a cesta básica / ano político.
Olha realmente este ano foi complicado para o setor, muitos dos meus clientes aindam se sentem inseguros ao investirem em RASTREABILIDADE,mas todos acabam tendo a mesma opinião: Quem não se adequa ao mercado, perde seu espaço nele!!! Falta informação, incentivo do Governom entre outros motivos..O que não pode faltar é o otimisto do próproi criador
Bom dia !
A forma com que a nossa carne chegue até as maõs do consumidor (reizinho)acho ainda um grande desafio em relação a um outro seguimento as Panificadoras X Açougues.As Panificadoras evoluiram muito nos últimos 20 anos, atavés de capacitação,competitividade,cooperação,markenting etcs.Existe uma enorme lacuna a ser preenchida mesmo tendo uma forte evolução dos supermercados no seguimento (açougue).
Julio