O delegado federal de Agricultura do Mato Grosso do Sul, José Antônio Roldão, disse esta ontem, após reunião com a classe produtora na sede da DFA (Delegacia Federal de Agricultura), que a última vacinação contra aftosa, embora os dados não estejam totalmente consolidados, passou de 98%.
Ele reforçou que haverá articulação em busca de mais recursos para a sanidade e que o empenho agora é em assegurar a melhor fatia dos R$ 30 milhões adicionais aos R$ 112 milhões já liberados este ano e que foram aprovados anteontem no Congresso Nacional.
Segundo ele, as situações de maior rebanho nacional e maior faixa de fronteira seca com o Paraguai, devem favorecer o estado neste pleito. Este ano Mato Grosso do Sul recebeu R$ 1,7 milhão em recursos para a sanidade.
O Estado pleiteia para 2005 repasse de R$ 0,30 por bovino para serem aplicados em sanidade, o que equivale a R$ 7,5 milhões em um rebanho de 25 milhões de animais, segundo o presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Laucídio Coelho Neto.
Coelho Neto disse que este ano o repasse de recursos foi de apenas R$ 1,2 milhão, o que equivale a R$ 0,048 por animal. O produtor investiu R$ 12 por bovino em recursos próprios e o governo estadual outros R$ 2. “O produtor tem feito a parte dele mas a União não. Se não vierem recursos sempre vai haver problemas de denúncias”, disse, referindo-se à suspeita de febre aftosa no município de Paranhos, na fronteira com o Paraguai. Para ele, é preciso que haja especialmente treinamento de recursos humanos.
Fonte: Campo Grande News (por Fernanda Mathias e Malu Prado), adaptado por Equipe BeefPoint