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Marfrig traz especialista em varejo para comandar a Seara

O objetivo da contratação é reforçar a operação de produtos industrializados do Marfrig, que enfrenta dificuldades para ganhar espaço diante da concorrência da gigante Brasil Foods, dona das marcas Sadia e Perdigão.

A Seara, principal marca para o consumidor do frigorífico Marfrig, passará a ser comandada por especialista de varejo. O americano David Palfenier, de 55 anos, deixou a ConAgra Foods, nos Estados Unidos, para assumir a operação a partir do dia 6 de fevereiro. O objetivo da contratação, dizem fontes de mercado, é reforçar a operação de produtos industrializados do Marfrig, que enfrenta dificuldades para ganhar espaço diante da concorrência da gigante Brasil Foods, dona das marcas Sadia e Perdigão.

Palfenier, que estava na ConAgra Foods desde 2004, tem experiência em diversos segmentos do varejo de alimentos, incluindo frios e congelados, duas das principais áreas de atuação da Seara. No início da década passada, o executivo atuou na Pepsico no Brasil, cuidando da operação da Elma Chips e antes disso passou pela Procter & Gamble, proprietária de marcas como Ariel, Pampers, Pantene e Gilette. David Palfenier é bacharel em administração de empresas com ênfase em marketing pela Eastern Washington University.

A missão do executivo, que substitui Mayr Bonassi, é tirar a marca da difícil posição no mercado brasileiro de alimentos. Dados da consultoria Nielsen compilados pela revista Supermercado Moderno mostram que a participação das duas marcas da Brasil Foods supera 70% em produtos como presunto, hambúrguer e congelados. Nesses segmentos, a fatia da Seara fica entre 6% e 7%. Segundo a companhia, Bonassi deverá se aposentar até o fim de 2012.

Diante das dificuldades financeiras que enfrenta, o Marfrig precisa convencer o mercado que tem condições de “virar o jogo” – somente no terceiro trimestre de 2011, teve prejuízo de R$ 540 milhões. O endividamento também é considerado alto (está próximo de R$ 6 bilhões). É justamente na operação de produtos industrializados, que tem margens maiores, que o grupo pretende concentrar os esforços daqui em diante, de acordo com declarações do presidente do Marfrig, Marcos Molina.

Ao aprovar a fusão entre Sadia e Perdigão, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) limitou a circulação da marca Perdigão em vários segmentos, além de obrigar a Brasil Foods a fazer uma troca de ativos com o Marfrig. No acordo, fechado em dezembro, o Marfrig aparentemente saiu ganhando: recebeu fábricas, abatedouros e centros de distribuição da BRF em território brasileiro que rendem quase R$ 2 bilhões ao ano e desistiu de operações na Argentina e de alguns ativos locais que geram receita inferior.

O desafio que resta para o Marfrig é de marketing, de acordo com fontes do mercado. “A qualidade do produto da Seara não é inferior, o problema é a percepção que o consumidor tem sobre a marca”, diz um consultor da área.

Fonte: Marfrig, jornal O Estado de SP, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

1 Comment

  1. Evándro d. Sàmtos. disse:

    Marketing e força de vendas.

    Infelizmente nos últimos anos,o setor de maneira geral,nivelou por baixo os profissionais de vendas.

    Que pessoas leigas achem que SER,não estar,vendedor é fácil tudo bem.Mas daí empresas,empresários,gestores de vários níveis acharem o mesmo,é no mínimo imaturo,ou por outra denota que a qualidade destes também decaiu.Daí a necessidade de nivelar por baixo a força de vendas.

    Lastima!

    Mas parece que tudo isto,por necessidade,pela dor,esta mudando ou esta para mudar.A grande necessidade de agregar valor (e muitas vezes agregar valor é perder menos,ter o “TIME” das commodities,precisão nas leituras de mercado,diárias,semanais,mensais e prazo maior),una-se a isto a necessidade de se produzir carnes (proteínas) com agregações de valores de Marcas.

    Os que ai estão como vendedores sabem fazer isto,estão preparados para tal,têm embasamento técnico comercial para tal,vivencia?

    Vamos aguardar…

    Saudações,

    EVÁNDRO D. SÀMTOS.