A aposta é em que os consumidores que reduziram o consumo de carnes não se libertaram da vontade irresistível de comê-las. O consumo de carne vem diminuindo ao longo das décadas, diz Len Steiner, um consultor econômico em Manchester, o americano médio consumirá 10,4% menos carne em 2012 do que em 2007.
Os produtores de substitutos de carne bovina para vegetarianos, estão empenhados em imitar mais de perto o sabor e a textura do produto verdadeiro. Eles também estão ajustando o sabor percebido, a sensação que um alimento produz ao ser mastigado. Seu objetivo é conquistar mais consumidores pertencentes ao grupo que os marqueteiros denominam “flexitarianos” – adultos preocupados com a saúde, principalmente, pessoas entre 20 e 30 anos, que compartilham muitas características dos vegetarianos, mas às vezes comem carne.
A Garden Protein International – fabricante de substitutos à base de soja, trigo e ervilha – patrocinou, no verão passado, festas em importantes cidades consumidoras de carne, como Chicago e Atlanta, distribuindo amostras grátis e convidando os visitantes a assumir o compromisso de não ingerir carne uma vez por semana. “Cheat on meat” (engane na carne) é um novo slogan. O número de produtos alimentícios nos EUA que na embalagem se dizem “não conter carne” cresceu 21%, para 1,198 mil, no ano passado, em comparação com dois anos antes, segundo a holandesa Market Insights Innova.
Os vegetarianos constituem apenas 5% da população, de acordo com o Vegetarian Resource Group, em Baltimore. Mas se incluirmos os “semi-vegetarianos”, pessoas que consomem carne em menos de metade das refeições, o número sobe para considerável um em cada oito adultos americanos, segundo a Cultivate Research, empresa de pesquisas de mercado especializada em alimentos vegetarianos.
A aposta é em que os consumidores que reduziram o consumo de carnes não se libertaram da vontade irresistível de comê-las. O consumo de carne vem diminuindo ao longo das décadas, diz Len Steiner, um consultor econômico em Manchester. O americano médio consumirá 10,4% menos carne em 2012 do que em 2007, de acordo com uma análise de Steiner baseada em dados do Departamento de Agricultura dos EUA, e a carne bovina exibirá as quedas mais acentuadas.
Ao mesmo tempo, as vendas de substitutos da carne cresceram 10%, para US$ 276,7 milhões em 2011, em relação a três anos antes, de acordo com o SymphonyIRI Group, empresa de pesquisa de mercado sediada em Chicago. Para alguns consumidores, os substitutos de carnes constituem um alimento saudável e prático. Eles geralmente vêm pré-cozidos, exigindo menos tempo de preparo do que carnes cruas.
A maioria dos substitutos de carnes é baseada em soja. Cientistas especializados em alimentos isolam a proteína do feijão e a concentram. Em seguida, num processo denominado “extrusão”, as proteínas são realinhadas para que a textura imite a natureza fibrosa dos músculos, a parte que normalmente comemos, diz Phil Kerr, diretor sênior de pesquisas e descobertas na Solae LLC, em St Louis, uma empresa que desenvolve ingredientes à base de soja. O resultado é moldado no que os cientistas denominam “análogo à carne.”
Fonte: jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
2 Comments
Apesar de não mencionado no artigo, é importante ressaltar que a grande das pessoas que se tornam vegetarianas, passam a substituir a carne por proteína texturizada de soja (ou PTS) e ela faz mais mal ao organismo que a própria carne animal. A ideia de se incorporar textura, cor, sabor e cheiro aos alimentos vegetarianos que lembrem a carne é genial, pois o maior benefício da carne, está, na maioria das vezes no seu tempero que faz muita falta aos recém-vegetarianos.
Obrigado Marcos :-)