Confira entrevista da Equipe BeefPoint com Fernando Saltão, responsável pelos confinamentos do JBS no Brasil.
Nas plantas do JBS, em 2011 foram confinados 211 mil animais, entre os quais 85% eram fornecidos por pecuaristas parceiros. Para 2012 Fernando diz que o número de animais confinados deve chegar a 240 mil, com maior participação de animais de terceiros e menos animais próprios. Este crescimento será possível também por meio do maior número de giros.
Segundo Saltão, ao fornecer boi magro, os pecuaristas fornecedores diminuem a lotação de suas pastagens, aliviando sua propriedade para a recria e deixando as pastagens com melhores condições no início da estação seca. Desta forma, a oferta de terceiros vem aumentando ano a ano inclusive antecipadamente. Ao invés de se desfazer do boi magro em junho/julho para abater em outubro, os benefícios para a pastagem compensam o abate antecipado e assim o fornecimento de gado nos meses de março e abril está aumentando.
Sobre as diferentas planas de confinamento da empresa, Saltão diz que o planejamento estratégico é o mesmo para todas, exceto para o confinamento de Lins-SP, onde os animais são terminados para mercados específicos. Nas demais, o planejamento nutricional e o processo de produção são os mesmos.
Entrevista feita no 7o Encontro Confinamento da Coan Consultoria em Ribeirão Preto-SP nos dias 7 e 8/mar.
Assista entrevista já publicada:
BeefPoint TV: Rogério Goulart e estratégias de negociação de gado na bolsa de valores
3 Comments
Os confinamentos, mesmo com os altos e baixos de mercado, seguem no médio e longo prazo ampliando consistentemente o volume de animais acabados, especialmente os confinamentos vinculados a grandes frigoríficos e os chamados estratégicos, e são cada vez mais importantes para o setor e para a dinâmica de formação de preços. Um fenômeno que acompanha o sucesso da nosso agricultura. O JBS lidera este movimento e é acompanhado pelo Marfrig e BRFoods. Mas cada qual estrutura a operação de maneira um pouco diferente. Acho que ainda vamos ver muita coisa nova no processo de consolidação da atividade.
Estes pecuaristas que abastecem o confinamento, que hoje são chamados de parceiros, serão os futuros empregados do JBS. Assim como os que vendem boi a termo ao inves de trava-los na bolsa. É o que ocorre hoje com os granjeiros.
Embora o casamento pecuarista-frigorífico seja desejável e bom,fornecer bois magros para a indústria é suicidio financeiro em futuro próximo