EUA: exportações de carne bovina no primeiro trimestre de 2012

As exportações de carne bovina dos Estados Unidos durante o primeiro trimestre do ano caíram 10% em volume (266.388 toneladas), mas aumentaram  4% em valor (US$ US$ 1,25 bilhão), de acordo com dados do Departamento de Agricultura (USDA, sigla em inglês) compilados pela Federação de Exportação de Carnes do país (USMEF).

Em março, o volume exportado de carne bovina, de 89.803 toneladas, foi 23% menor do que no mesmo mês do ano anterior, mas 3% maior do que em fevereiro. O valor das exportações em março foi de US$ 438,5 milhões, 8% a menos que no ano anterior, mas 7% a mais que no mês anterior.

Apesar do declínio de 13% no volume, o México continuou sendo o principal destino para a carne bovina dos Estados Unidos (55.725 toneladas) e as exportações ao México tiveram 5% de aumento em valor, para US$ 250,9 milhões. O volume exportado ao Canadá se manteve estável com relação ao ano anterior, em 36.834 toneladas, mas 15% maior em valor, em US$ 215,4 milhões.

No Japão, onde a Comissão de Segurança Alimentar continua avaliando as restrições à idade e a produtos relacionadas à Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), as exportações de carne bovina dos Estados Unidos caíram 7% em volume (29.695 toneladas), mas aumentaram em 10% em valor (US$ 194 milhões). Os Estados Unidos continuam ganhando participação de mercado, à medida que as exportações da Austrália ao Japão caíram em 14% em 2012.

As exportações para a Rússia refletiram uma mudança em direção a cortes de músculos de maior valor, com o volume aumentando em 4%, para 14.463 toneladas, e em valor  85%, para US$ 59,9 milhões. A carne bovina dos Estados Unidos enfrenta uma situação de acesso mais favorável na Rússia, à medida que a cota sujeita à tarifa para cortes de músculo expandiu de 41.700 toneladas em 2011 para 60.000 toneladas nesse ano.

Enquanto as exportações a alguns mercados do Oriente Médio caíram, o Egito continuou apresentando resultados muito fortes – aumentando em 12% em volume (31.466 toneladas) e 18% em valor (US$ 47,7 milhões). Como resultado, as exportações à região do Oriente Médio aumentaram levemente em volume (35.480 toneladas) e em 10% em valor (US$ 78,9 milhões).

Lideradas pelos excelentes resultados no Chile, as exportações à região da América Central e do Sul aumentaram em 44% em volume (8.383 toneladas) e em 94% em valor (US$ 32,5 milhões). As exportações ao Peru e à Guatemala também apresentaram grande crescimento em valor.

As questões de acesso ao mercado afetaram as exportações de carne bovina dos Estados Unidos a Taiwan (queda de 18% em volume, para 5.554 toneladas, e de 11% em valor, para US$ 35,1 milhões), onde a controvérsia sobre testes de resíduos de ractopamina gerou um clima de negócios muito instável. As cotas de importação drasticamente menores reduziram as exportações de carne bovina dos Estados Unidos à Indonésia, onde o volume (601 toneladas) caiu em 86% e o valor (US$ 2,4 milhões) caiu em mais de 60%. Embora isso não se reflita nesses resultados, a Indonésia também impôs novas restrições de acesso ao mercado como resultado do caso de EEB anunciado em 24 de abril. As exportações com relação ao ano anterior também foram menores para a Coreia, mas isso ocorreu principalmente devido ao aumento na atividade de exportação no começo de 2011. O desempenho no primeiro trimestre das exportações de carne bovina dos Estados Unidos na Coreia foram bastante consistentes com a segunda metade de 2011. A carne bovina também continua ganhando mercado na Coreia nesse ano, à medida que as exportações australianas declinaram em 37%.

Fonte: USMEF, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.