Marfrig: João Sampaio é o novo vice-presidente de Relações Institucionais

O ex-secretário da Agricultura do Estado de São Paulo e novo vice-presidente de Relações Institucionais do Grupo Marfrig, João Sampaio, acredita que o segmento de proteínas é o setor do agribusiness que tem mais condições de crescer em demanda nos próximos anos. Entretanto, segundo ele, a relação entre indústria e produtor ainda tem muito o que melhorar e a cadeia precisa trabalhar com eficiência para produzir em maior escala.

“Depois do salto de crescimento que tivemos em grãos e etanol, realmente acredito no potencial da pecuária. Não digo só bovinos, mas aves, suínos e ovinos também. Mesmo com a crise, o mundo não deixa de consumir alimentos. Na China, por exemplo, vai ter um aumento por proteínas muito forte”, declarou o executivo à jornalistas hoje, citando projeções de que nos próximos anos o mundo precisará de 40% mais de alimentos e que o Brasil tem condições para atender boa parte dessa demanda se o “trabalho for bem feito.”

Com base nesse cenário, a Marfrig convidou Sampaio a exercer o cargo recém-criado na companhia. Para o presidente do Grupo Marfrig, Marcos Antonio Molina dos Santos, a empresa necessitava de alguém que a representasse institucionalmente junto a seus diversos públicos (imprensa, governo, fornecedores, entre outros).

Questionado sobre o movimento de consolidação que o setor de carnes vêm passando há alguns anos, Sampaio disse que não é exclusividade desse mercado. “Há outros setores nos quais a concentração é maior, como laranja, etanol, café. A concentração é um fato e temos que lidar com ela da melhor maneira possível e com transparência”, disse, informando que a Marfrig possui cerca de 6% do total dos abates nacionais.

O ex-secretário da Agricultura do Estado de São Paulo e novo vice-presidente de Relações Institucionais da Marfrig ainda comentou que a consolidação no setor é positiva quando se fala em criar empresas com escala e posição relevante internacional. “Mas é ruim quando uma empresa compra frigorífico para fechar. Não fazemos essa prática”, declarou.

Fonte: Agência Estado, resumida e adaptada pelaEquipe BeefPoint.