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Austrália: exportações de novilhas à Rússia atingirão 30.000 nesse ano

Tradicionalmente, a Rússia tinha uma grande população de bovinos, mas essa foi severamente degradada durante a era Stalinista. Embora a Rússia continue suportando um rebanho leiteiro grande, animais classificados como de corte para cria são escassos, em somente 250.000 cabeças.

O comércio de novilhas de cria da Austrália para a Rússia e países vizinhos deverá alcançar 30.000 cabeças nesse ano, à medida que os programas de cria nos mercados emergentes ganham força.

O gerente do Centro Internacional de Recursos e Informações Pecuárias (ACGEA), Christian Duff, disse na Conferência Nacional de Angus na Austrália que existem fortes sinais de mais crescimento no comércio. Usando estatísticas geradas através do processo de certificação da Agência Australiana de Exportação de Genética Bovina, Duff ilustrou como os números de fêmeas de cria tem crescido nos últimos anos, principalmente para a Rússia, mas também para outros mercados, como Cazaquistão, Turquia e China.

Em 2010, o número total de animais certificados foi de apenas 5.380 cabeças, antes de aumentar em cinco vezes no ano passado, para 24.769 cabeças. Até agora em 2012, foram certificadas 17.648 cabeças para exportação e Duff disse que está confiante, baseado em discussões com exportadores, que os números totais nesse ano excederão 30.000 cabeças.

Ele disse que a explosão na demanda por novilhas de cria dos países do hemisfério norte está ocorrendo, por causa dos esforços de cada nação em construir ou, em alguns casos, reconstruir, sua capacidade de rebanho de cria de corte. Muitos foram estimulados por esquemas de subsídios do Governo, designados a estimular a taxa de expansão.

O grande volume de comércio para a Rússia é o motivo pelo qual a companhia Miratorg, que atualmente é a maior produtor de carne suína do país, está controlando um vasto negócio verticalmente integrado e agora ter entrado no mercado de carne bovina. Até o final desse ano, a Miratorg planeja ter 16 ‘fazendas’ em operação, como parte do plano de longo prazo de operar 40 fazendas principalmente no sul de Moscou. Cada uma suportará cerca de 3.000 criadores, dando um total de cerca de 120.000 criadores até 2014, todos com genética Angus importada. O investimento total na criação, engorda e processamento é de cerca de US$ 830 milhões. As novilhas de cria para o projeto Miratorg estão sendo fornecidas pelos Estados Unidos e pela Austrália.

A Rússia está objetivando produzir 85% de sua demanda de carne bovina até 2020, mais que o atual dado de 60%, sendo direcionada principalmente pelos esquemas de subsídios do Governo. Isso tem sido, em parte, direcionado pelo rápido aumento no número de russos de classe média que têm rendas capazes de suportar um maior consumo de carne bovina.

Tradicionalmente, a Rússia tinha uma grande população de bovinos, mas essa foi severamente degradada durante a era Stalinista. Embora a Rússia continue suportando um rebanho leiteiro grande, animais classificados como de corte para cria são escassos, em somente 250.000 cabeças.

Até 2014, a Miratorg pretende produzir cerca de 114.000 bezerros machos para abate por ano, convertendo para 30.000 toneladas de carne bovina para consumo doméstico. Duff também forneceu uma explicação detalhada sobre a necessidade de padrões e certificação para bovinos de cria australianos entrando no mercado, fornecidos através da Agência Australiana de Exportação de Genética Bovina.

“Basicamente eles são valorizados porque precisamos garantir que estamos consistentemente fornecendo animais de cria de qualidade para os mercados externos que estão construindo seus rebanhos. Não podemos nos permitir mandar gados que não cumprem com certos critérios de qualidade, ou os mercados poderiam fechar rapidamente”.

O fator decisivo nisso é que o Governo trabalha com o desenvolvimento de programas necessários para certificação para cada animal, incluindo pedigree e qualidade. O sistema australiano representou a primeira tentativa mundial de um padrão independente nacional para garantia de qualidade e certificação, disse Duff. Os padrões são equipados para certificar mais de 30 raças puras de bovinos de corte.

Em 2011, quase todos os bovinos de cria deixando a Austrália para a Rússia estavam no componente “categoria 2”, compreendendo bovinos de raça pura registrados – basicamente fêmeas comerciais. Eles precisam também cumprir parâmetros estruturais e de tipo. Os animais da categoria 1, muito poucos em número, são basicamente registrados reprodutores de raça pura com três gerações de informações de pedigree fornecidas de cada lado.

No ano passado, as taxas de rejeição foram baixas, tipicamente de 0,5% a 2% do total dos envios, mas incluíram animais com problemas nas pernas e nos pés, além de questões de tipo. Combinando os envios de 2011 e os ocorridos até agora em 2012, a grande maioria dos gados exportados (40.316 cabeças) era de Angus, com números menores de Hereford (2.101) e outras raças, incluindo alguns Droughtmasters. Mais de 98% foram anteriormente descritos como animais de “categoria 2”.

Uma série de exportadores de animais vivos está ativa no mercado, incluindo Elders International, Global Exports, Austrex, Landmark e Wellard.

A reportagem é do www.beefcentral.com, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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