Phibro: vendas para bovinos quase dobram, chegando a US$8,74 milhões em 2011/12

As vendas da unidade brasileira da Phibro, empresa de saúde e nutrição animal com sede nos Estados Unidos, somaram US$ 108 milhões no ciclo 2011/12, encerrado em junho, um aumento de 8% em relação ao ano anterior.

O crescimento foi mais fraco do que os 17,5% observados na temporada passada. O desempenho reflete principalmente a perda de fôlego das exportações, que ficaram praticamente estagnadas em US$ 70 milhões depois de crescer 12% no ano anterior. Já as vendas no mercado doméstico saltaram 28%, para US$ 38 milhões. Também neste caso, o ritmo foi inferior ao do ano passado (40,4%). A empresa não divulga mais detalhes de seu balanço.

A expansão no Brasil foi puxada pelas vendas de produtos para a pecuária bovina, que praticamente dobraram no último ano, crescendo 98%, chegando a US$ 8,74 milhões. Grande aposta dos últimos anos, a pecuária vem ganhando participação nos negócios da Phibro. Em 2011/12, o segmento respondeu por 23% da receita no Brasil, ante 17% na temporada anterior. Com isso, passou a ser o segundo mais relevante para a empresa no país.

“Temos 63% do mercado de animais confinados”, afirma Stefan Mihailov, diretor-geral da Phibro no Brasil. O principal produto da companhia no segmento é a virginiamicina, um aditivo usado na alimentação com o objetivo de acelerar o ganho de peso do animal. Segundo o executivo, o produto é aplicado em 3,5 milhões de cabeças. “Nos próximos cinco anos, queremos atingir 7 milhões”, diz. O grande desafio, afirma Mihailov, é alcançar o rebanho criado em pastagem, que responde por 90% dos abates no país.

Apesar do expressivo desempenho em bovinos, a avicultura continua a ser o segmento mais importante para a Phibro, com vendas de US$ 24 milhões no último ano – um crescimento de 17% na comparação com a temporada anterior. A suinocultura representou um faturamento de US$ 5 milhões, equivalente a 13% a mais do que no anterior.

Para o ciclo 2012/13, Mihailov espera uma retomada das exportações – crescimento de 11% -, sustentada sobretudo pela recuperação do mercado americano, que responde pela maior parte dos embarques da empresa Já as vendas domésticas devem aumentar em 20%, mais uma vez puxadas pela pecuária bovina – a expectativa é que a receita no segmento avance 42%. Em compensação, as vendas para aves e suínos devem crescer bem menos, cerca de 6%. O Brasil é o segundo maior mercado para a Phibro, que fatura US$ 560 milhões em todo o mundo.

Fonte: Phibro,  jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.