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Banco Mundial: alimentos sobem 10% em julho com seca nos EUA e na Europa

Analistas do Banco Mundial esperavam um ano calmo para os preços internacionais dos alimentos, mas os efeitos da estiagem nos Estados Unidos e no Leste Europeu prevaleceram durante o verão do Hemisfério Norte. Agora, a expectativa é de que as cotações permaneçam em níveis elevados num futuro próximo, "como consequência das incertezas sobre a oferta".

Os preços globais dos alimentos subiram 10% em julho por causa das secas que atingiram áreas de lavouras dos Estados Unidos e do Leste Europeu, afirmou o Banco Mundial em relatório divulgado nesta quinta-feira (30). A produção de milho e soja dos Estados Unidos, maior exportador mundial de grãos, foi prejudicada por uma prolongada estiagem. Condições semelhantes foram observadas na Rússia, na Ucrânia e no Casaquistão, reduzindo a safra de trigo, segundo o relatório.

“Os preços dos alimentos subiram novamente, ameaçando fortemente a saúde e o bem-estar de milhões de pessoas”, afirmou o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim. “A África e o Oriente Médio estão especialmente vulneráveis, mas também as pessoas de outros países onde os preços dos grãos subiram abruptamente.” A elevação das cotações do milho e do trigo em julho fez com que o custo das commodities aumentasse 25% ante junho, afirma o Banco Mundial. Os preços da soja avançaram 17%.

Analistas do Banco Mundial esperavam um ano calmo para os preços internacionais dos alimentos, mas os efeitos da estiagem nos Estados Unidos e no Leste Europeu prevaleceram durante o verão do Hemisfério Norte. Agora, a expectativa é de que as cotações permaneçam em níveis elevados num futuro próximo, “como consequência das incertezas sobre a oferta”.

A alta dos preços dos grãos pode causar problemas mais graves para as pessoas pobres nos países em desenvolvimento, lembrou Kim. Ele prometeu um fortalecimento do apoio oferecido pelo Banco Mundial aos países mais atingidos. “Não podemos permitir que essa elevação histórica dos preços se transforme em uma inteira vida de perigos, já que as famílias tiram suas crianças da escola e comem alimentos menos nutritivos para compensar preços mais altos”, acrescentou.

Fonte: Agência Estado, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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