O’Brien disse que a indústria ovina e bovina da Nova Zelândia fez enormes progressos na redução de suas emissões durante os últimos 20 anos, principalmente produzindo mais carne a partir de menos pasto. Os pesquisadores estimam que essa melhora na produtividade reduziu as pegadas de carbono da carne bovina e de cordeiro da Nova Zelândia em cerca de 17% durante o período, disse ele.
A indústria de carne bovina da Nova Zelândia completou um estudo avaliando as pegadas de carbono da carne bovina neozelandesa e esse destacou significantes ganhos de produtividade. O gerente geral de acesso a mercados do Beef + Lamb New Zealand, Ben O’Brien, disse que o estudo foi direcionado pelo foco em sustentabilidade da indústria e devido aos desafios apresentados pela crescente população global e pela pressão sobre os recursos limitados do planeta.
O’Brien disse que a indústria ovina e bovina da Nova Zelândia fez enormes progressos na redução de suas emissões durante os últimos 20 anos, principalmente produzindo mais carne a partir de menos pasto. “Menos pasto consumido significa menos emissões. Comparado com 1990, as fazendas de ovinos e bovinos da Nova Zelândia produzem agora mais carne em peso, mas a partir de menos animais”. Os pesquisadores estimam que essa melhora na produtividade reduziu as pegadas de carbono da carne bovina e de cordeiro da Nova Zelândia em cerca de 17% durante o período, disse ele.
O estudo foi financiado pelo Beef + Lamb New Zealand, pela Associação da Indústria de Carnes, pelo Ballance Agri-Nutrients and Landcorp e pela estratégia de registro de pegadas de carbono dos gases de efeito estufa do Ministério das Indústrias Primárias. Grande parte dos dados para análise foram fornecidos pelo Beef + Lamb New Zealand.
O estudo buscou a origem das emissões de gases de efeito estufa que estão ocorrendo na cadeia de fornecimento de alimentos, incluindo produção, processamento, transporte e consumo, disse O’Brien. “As diferenças nas pegadas de carbono estão em grande parte relacionadas ao valor dos tipos de cortes que são exportados para diferentes mercados e métodos de alocação das emissões em uma base econômica. Como foi reportado em uma série de outros estudos de pegadas de carbono da carne bovina, a maioria (mais de 90%) das emissões ocorre na fazenda”.
O’Brien disse que as pegadas variam dependendo do tipo de fazenda (7,2 a 14,3 quilos de CO2 pro quilo de peso vivo), sexo e idade dos animais (7,3 quilos para touro jovem para 16 quilos para vacas de cria) e se os bezerros da indústria de lácteos são ou não usados. No geral, as emissões médias ponderadas de gases de efeito estufa da Nova Zelândia das fazendas de ovinos e bovinos foi de 10,5 quilos CO2 por quilo de peso vivo. As emissões do transporte ao mercado são extremamente baixas. O transporte oceânico é muito eficiente e esse estudo mostra que esse contribui com apenas 1,1-2,7% das pegadas de carbono totais.
O principal autor do relatório, Stewart Ledgard, disse que até ter uma metodologia globalmente acordada de “pegadas”, era difícil avaliar as pegadas de carbono da Nova Zelândia comparado com a de outros países. “Não estamos cientes de estudos externos com um escopo comparável ou nível de detalhes na metodologia”.
A indústria pastoril da Nova Zelândia também investiu em pesquisa estratégica, de larga escala, visando principalmente as emissões pecuárias através do Consórcio de Pesquisa de Gases de Efeito Estufa Pastoril, da Aliança Global de Pesquisa e do Centro de Pesquisa de Gases de Efeito Estufa Agrícolas da Nova Zelândia.
A reportagem é do TheCattleSite, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.