Os dois médicos veterinários do Ministério da Agricultura que estão em Mato Grosso realizando uma auditoria técnica – que tem como objetivo verificar se o Estado está cumprindo todas as normas para controlar a aftosa – sobre o trabalho que vem sendo desenvolvido pelo Instituto de Defesa Agropecuária (Indea) para manter o Estado livre da enfermidade, consideraram “muito bom” esse trabalho.
Os dois estiveram primeiro no Indea em Cuiabá para analisar relatórios e documentos sobre o combate a doença, iniciado em 1970, e agora estão no interior percorrendo as áreas onde Mato Grosso enfrentou problemas mais sérios com a febre aftosa – como os municípios da extinta zona-tampão – para comprovar a veracidade das informações.
A partir de maio, quando a Organização Internacional de Epizootias (OIE) reconheceu também a zona-tampão como área livre de febre aftosa, com vacinação, o Mato Grosso acentuou o trabalho preventivo contra a doença. Sendo assim, a vigilância vem sendo feita por terra e por ar, com a utilização de um avião, uma vez por semana, para sobrevoar a faixa de fronteiras nos municípios de Cáceres, Pontes e Lacerda, Vila Bela da Santíssima Trindade e Porto Esperidião, consideradas áreas de risco. Por terra, o controle de tráfego de animais procedentes do Pará, de Rondônia e da Bolívia é feito por sete postos fixos do Exército, dois da Polícia Militar, postos do Indea e também equipes volantes.
Para reforçar a vigilância ao longo das divisas e da fronteira Brasil-Bolívia, duas equipes do Indea, formadas cada uma por um médico veterinário, um oficial, um cabo e um soldado da Polícia Florestal realizam patrulhamento nas estradas da grande área uma vez por semana para checar se a legislação e normas do Indea que disciplinam o tráfego de animais estão sendo cupridas.
Mato Grosso conta com o apoio da iniciativa privada, como o Fundo Emergencial da Febre Aftosa (Fefa), que é mantido com recursos dos frigoríficos, e, na última campanha do ano, em novembro, o Estado alcançou o índice de 97,1%, imunizando 18.260.721 do seu rebanho de 18.812.381 animais.
fonte: Diário de Cuiabá (por Nelson Severino), adaptado por Equipe BeefPoint