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Parlamento britânico investiga ‘milionários da aftosa’

Os altos valores pagos aos pecuaristas britânicos – pelo menos 37 produtores pediram ao governo US$ 1,5 milhão – como compensação pelo sacrifício de animais infectados pela febre aftosa estão originando novos ricos, os chamados “milionários da aftosa”. Segundo o Departamento de Meio Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais, até agora o governo já dispôs de mais de US$ 3 bilhões com esta finalidade.

O Parlamento britânico, desconfiado de possíveis fraudes, decidiu investigar os pedidos, e obteve o apoio da União Européia – responsável por 60% dos recursos pagos aos pecuaristas. Agora, surgiu inclusive a suspeita de que os próprios pecuaristas podem estar infectando seus rebanhos com aftosa de propósito, para receber a compensação financeira. Além disso, diversos setores produtivos se queixam de também sofrer com a desaceleração econômica na região, sem nenhuma compensação.

Um levantamento da Universidade de Gales revela que a política de sacrifício já custou US$ 4,3 bilhões dos contribuintes britânicos e vai chegar a US$ 7 bilhões até o final do ano. A vacinação dos animais, segundo estudo divulgado por agências internacionais, custaria US$ 2,9 bilhões, mas o governo britânico prefere abater os animais, para recuperar o mais depressa possível o status de carne livre de aftosa, que lhe garante exportações. Até agora, foram sacrificados 3,656 milhões de animais e 38 mil ainda serão mortos.

fonte: O Estado de S. Paulo, adaptado por Equipe BeefPoint

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