Argentina permite importação de carne uruguaia
30 de agosto de 2001
Cientistas argentinos desenvolvem vacina comestível contra a aftosa
3 de setembro de 2001

Fesa aprova garantias do ministério que possibilitam iniciar abate comercial acompanhado

O Conselho de Administração do Fundo Estadual de Sanidade Animal (Fesa) aprovou ontem as garantias dadas esta semana pelo Governo Federal para implementação imediata do abate comercial acompanhado dos animais-contato nas propriedades que tiveram focos de febre aftosa no Rio Grande do Sul. A reunião ocorreu ontem à tarde, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS), durante a Expointer. Além dos membros do Conselho do Fesa, participaram da reunião representantes de todos os municípios atingidos pela febre aftosa.

A partir de hoje, será dado prosseguimento às avaliações dos exemplares nos seis municípios atingidos pela doença (Dom Pedrito, Alegrete, Santana do Livramento, Rio Grande, Quaraí e Jari). Nesta quarta-feira, foram avaliados 76 animais de uma propriedade de Dom Pedrito. De acordo com o cronograma apresentado pela Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado (SAA), o trabalho será efetuado por 40 médicos veterinários, 80 auxiliares rurais e 40 auxiliares administrativos, os quais vão utilizar 40 veículos. A expectativa da SAA é que o abate comercial acompanhado comece no início da próxima semana. Terminado o abate, estima-se 30 dias para a conclusão da sorologia na área infectada (raio de três quilômetros a partir dos focos). A sorologia na área de vigilância (sete quilômetros a partir dos focos) ainda depende de definição por parte do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que deverá dizer como será feito o cálculo de amostragem.

O diretor do Departamento de Produção Animal (DPA) da SAA, Celso dos Anjos, lembra que a intenção do Estado é agilizar ao máximo a conclusão do processo, ao mesmo tempo em que busca minimizar as perdas sofridas pelos produtores. Ele ressalta que o Governo do Estado vem discutindo permanentemente com os produtores e com as demais entidades envolvidas para que as medidas contemplem a todos os casos. Exemplo disso, segundo Celso dos Anjos, foi a reunião desta tarde, que foi ampliada para a participação dos municípios atingidos.

O Conselho do Fesa também aprovou as medidas compensatórias para indenização dos produtores que tiveram prejuízos com a doença. Entre elas, está a mudança no método de avaliação dos animais que serão abatidos. A nova metodologia prevê a manutenção do ciclo produtivo dos exemplares, para que haja o mínimo de perdas em função do tempo decorrido entre a avaliação e o abate. Também foi aprovada a renovação do convênio entre o Executivo gaúcho e os sindicatos da indústria, que possibilitará agilizar o pagamento da diferença que cabe ao Estado entre o valor dos animais e o valor pago pelos frigoríficos.

Outras medidas compensatórias propostas pelo Estado e aprovadas na reunião de hoje tratam da disponibilização de uma linha de crédito, via Banrisul, de R$ 3,5 milhões, para os frigoríficos que vão efetuar o abate, ação que servirá para agilizar o pagamento aos proprietários, e o pagamento mensal do valor equivalente a dois quilos de boi por hectare, durante o período em que as propriedades ficarem interditadas. O diretor do DPA também frisou que o Governo do Estado e o Mapa continuarão negociando outras medidas para compensar as perdas dos produtores e demais questões que surjam no decorrer do processo. A SAA também está gestionando junto ao Mapa para que os laboratórios que farão as análises sorológicas fixem prazos para a realização e divulgação dos resultados dos exames.

Fonte: Governo do Estado do Rio Grande do Sul, adaptado por Equipe BeefPoint

Os comentários estão encerrados.