A Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul está acelerando o abate acompanhado dos animais que tiveram contato com exemplares contaminados pela febre aftosa na fronteira oeste gaúcha. Vale destacar, que este tipo de operação implica no aproveitamento comercial da carcaça, com exceção das vísceras e peles. A carne pode ser, inclusive, exportada, desde que cozida ou maturada.
Os animais são avaliados por uma comissão formada por técnicos estaduais e federais, e por representantes dos produtores e indústrias, antes de serem levados aos frigoríficos. A avaliação leva em conta peso, idade, ciclo reprodutivo e valor genético dos exemplares.
O valor da carne é pago pelo frigorífico que procede o abate, enquanto a indenização relativa ao prejuízo econômico – que acompanha a qualidade genética, entre outros atributos – é bancada pelos governos estadual (um terço) e federal (dois terços).
Hoje, serão encaminhados aos frigoríficos da região 455 bovinos de Alegrete (RS). No município gaúcho de Santana do Livramento, 600 bovinos de uma propriedade já estão avaliados, mas a secretaria aguarda apoio da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos Texel para proceder a avaliação de aproximadamente 500 cabeças ovinas de alta linhagem genética.
Até ontem haviam sido abatidas 583 cabeças de Dom Pedrito e Alegrete. Em Quaraí já foram iniciadas as negociações com os proprietários e, em Rio Grande, cidade que registrou 18 focos, entre 30 detectados, os trabalhos estão mais atrasados porque há medidas judiciais impetradas, o que tem dificultado as avaliações.
Após os abates, será realizado exame de sorologia em todos os animais remanescentes em um raio de três quilômetros das áreas de foco de aftosa e por amostragem em mais sete quilômetros. A partir do abate do último exemplar, começa a contar o prazo de 12 meses à retomada pelo Rio Grande do Sul ao status de zona livre com vacinação.
Fonte: Gazeta Mercantil (por Luiz Guimarães), adaptado por Equipe BeefPoint