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Moeda japonesa pode prejudicar exportações dos EUA

O Japão é um importante parceiro comercial de carnes dos Estados Unidos. Em 2012, compraram pouco mais de US$ 1 bilhão de carne bovina e miúdos, representando 19% de todas as exportações dos Estados Unidos. Desde novembro, entretanto, o valor da moeda japonesa com relação ao dólar vem caindo, perdendo quase 18% em valor em apenas três meses.

O Japão é um importante parceiro comercial de carnes dos Estados Unidos. Em 2012, compraram pouco mais de US$ 1 bilhão de carne bovina e miúdos, representando 19% de todas as exportações dos Estados Unidos. Desde novembro, entretanto, o valor da moeda japonesa com relação ao dólar vem caindo, perdendo quase 18% em valor em apenas três meses.

Analistas dos Estados Unidos aguardam os dados mensais de exportação de janeiro, que deverão ser divulgados nessa semana, para ver sinais do impacto dos movimentos da moeda no comércio. De acordo com a Steiner Consulting, a mudança no valor do iene com relação ao dólar não é um acidente que será rapidamente retificado, isso reflete em uma mudança dramática na postura do Banco Central japonês e de seu governo. O Japão deverá se tornar muito mais ativista em sua política monetária, imprimindo mais iene e embarcando em políticas monetárias fáceis, similares às dos Estados Unidos, Europa e Inglaterra.

Alguns argumentam que a mudança implica em interferência política nos assuntos de um órgão independente (similar à Reserva Federal dos Estados Unidos). Entretanto, o Banco Central japonês perdeu sua meta de inflação na última década e ficará sob maior pressão para cumprir sua missão.

O perigo da competitividade dos Estados Unidos no comércio de carnes foi como em outros países exportadores de commodities, as economias desenvolvidas entraram em uma luta para gerar crescimento via dinheiro fácil. Em contrapartida, os países como Brasil, Canadá, Austrália e Nova Zelândia precisam reduzir o valor de suas moedas em menores taxas.

No caso do Brasil, também houve uma redução dramática nas taxas de juros, de 10,5% em março passado para 7,5% em janeiro e provavelmente cairá mais. Isso reduziu o valor do Real e impulsionou as exportações de carne bovina brasileira. O dólar americano também ganhou terreno com relação aos dólares canadense e australiano nas últimas semanas, um desenvolvimento que prejudica as exportações dos Estados Unidos e encoraja as importações. A demanda doméstica tem lutado com o fraco crescimento da renda e o dólar mais forte prejudicará a lucratividade dos produtores de carne dos Estados Unidos.

A reportagem é do Beefcentral.com, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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