EUA: uso de vacinação é considerado como opção, em caso de foco de febre aftosa

Durante a Conferência de Verão da Indústria de Carne Bovina da semana passada, o veterinário, John Zack, do Serviço Veterinário do Serviço de Inspeção Sanitária Animal e Vegetal (APHIS) do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) descreveu como a vacinação se encaixaria em vários cenários de focos da doença.

Se surgisse um foco de febre aftosa nos Estados Unidos, a vacinação provavelmente teria um papel na estratégia de controle do país. A natureza da doença, entretanto, torna a vacinação um assunto complexo.

Historicamente, a vacinação tem sido vista como uma estratégia secundária, principalmente por causa dos anticorpos contra a febre aftosa em animais vacinados imitarem aqueles resultantes da exposição à doença. Entretanto, as atitudes sobre a vacinação como uma estratégia precoce de intervenção estão mudando. Outros elementos de uma estratégia de controle incluem biossegurança e “erradicação” ou destruição dos animais em uma área afetada.

Zack disse que o APHIS fixou três metas de resposta primária à febre aftosa:

1) Detecção, controle e contenção da febre aftosa nos animais o mais rápido possível.

2) Erradicação da febre aftosa usando estratégias que busquem estabilizar a pecuária, a oferta de alimentos, a economia e a proteção da saúde pública.

3) Fornecer abordagens e sistemas baseados em ciência e risco para facilitar a continuidade dos negócios para os animais não infectados e produtos animais não contaminados.

Torna-se aparente que a erradicação não alcançará o controle, a contenção e a erradicação da febre aftosa, estratégias alternativas serão consideradas. Zack descreveu várias estratégias que poderiam ser feitas, dependendo em parte do tamanho do foco e da virulência do vírus.

– Erradicação – isso poderia ser usado exclusivamente se o foco fosse contido dentro de uma área relativamente pequena, onde os abates de animais poderiam eliminar o vírus e prevenir sua disseminação.

– Erradicação com vacinação para eliminar – em uma área com grandes concentrações de animais, as logísticas de abate e eliminação de grandes números de animais em um curto período seria desencorajada. Essa estratégia envolveria a vacinação de animais em uma área afetada e zonas tampão ao redor para evitar a disseminação do vírus até que esses animais possam ser adequadamente despovoados e eliminados.

– Erradicação com vacinação para abate – essa estratégia envolveria a erradicação das áreas infectadas, com vacinação usada dentro da área controle ao redor e os animais vacinados seriam enviados ao abate.

– Erradicação com vacinação, animais não seriam sacrificados – isso envolveria a erradicação de animais clinicamente afetados e animais susceptíveis em contato e vacinação de animais em risco fora da área de controle. Os animais vacinados voltados para cria, abate ou outras propostas viveriam suas vidas úteis.

– Vacinação para viver sem erradicação – isso poderia ser usado em zonas de vacinação para proteção fora das áreas de controle.

Caso ocorra alguma notícia sobre um foco, a Secretaria de Agricultura ativaria o banco de vacina de febre aftosa da América do Norte, operado em cooperação com o Canadá e o México. O desafio seria, então, produzir doses adequadas de vacina apropriada baseado no sorotipo do foco e distribuir doses aos veterinários no campo. Além do Banco de Vacina da América do Norte, oficiais dos Estados Unidos provavelmente precisariam comprar doses de vacinas no mercado internacional. Pode ser difícil ter oferta de vacina suficiente para suprir a demanda, especialmente se um foco ocorrer em uma áreia com alta densidade de animais.

Fonte: Drovers traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.