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Gustavo Figueiredo: quanto mais conhecimento dos números, maior o acerto no confinamento

O Prêmio BeefPoint – Edição Confinamento vai homenagear quem faz a diferença nos confinamentos do Brasil. Essa é uma iniciativa do BeefPoint, e tem a Assocon como parceira. A premiação será feita durante o Interconf 2013, evento da Assocon que acontecerá nos dias 9 a 12 de setembro de 2013, em Goiânia/GO e que o BeefPoint está fazendo a curadoria de conteúdo.

Para conhecer melhor os finalistas, o BeefPoint preparou uma série de entrevistas que mostram o que eles têm feito para se destacar na pecuária de corte.

Confira abaixo a entrevista com Gustavo Figueiredo, um dos finalistas na categoria Comercialização e Mercado Futuro em Confinamento.

Gustavo Figueiredo é zootecnista formado pela Unesp/Jaboticabal, possui pós graduação em Finanças Corporativas  pela Ibmec. Atua na área financeira de hedge (acompanhamento diário do mercado físico e futuro de boi gordo e grãos). Para este ano, a previsão é confinar 30.000 animais, no qual há abate mensal (gira o ano todo) e com previsão de realizar travas (no valor da @) em mais de 70% dos animais que serão abatidos, podendo variar as metas durante o ano.

BeefPoint: O que você considera mais importante em um confinamento de gado de corte?

Gustavo Figueiredo: Importantíssimo a administração de todos os custos de produção e dados zootécnicos, uma vez que, somente conhecendo os números saberemos o valor exato ou mínimo para realizarmos o hedge.

BeefPoint: Qual o maior desafio dos confinamentos no Brasil hoje?

Gustavo Figueiredo: Utilizar em maior volume a BMF como forma de proteção (hedge) para o negócio. Confinamento é uma atividade que requer um volume de capital alto, logo possui risco alto, e ao utilizarmos a BMF para garantimos o lucro, mantemos o confinamento sempre prosperando.

BeefPoint: Qual projeto de confinamento você teve contato ou implementou nestes últimos anos, que considera um case de sucesso? Porquê?

Gustavo Figueiredo: O confinamento Tabaju (Propr. Diogo Castilho) é o confinamento que mais compartilhei conhecimento e que acredito ser de sucesso.O sucesso está na soma de uma excelente administração financeira, onde se conhece todos os custos de produção e índices zootécnicos, juntamente com utilização das ferramentas de proteção (BMF, índice ESALQ).

BeefPoint: O que você fez em 2012 que te trouxe mais resultados?

Gustavo Figueiredo: Em 2012, utilizamos em mais de 60% de nossa comercialização travas via BMF, onde nos permitiu realizar vendas muito acima de preços praticados no balcão do frigorífico.

BeefPoint: O que você pretende fazer de diferente em 2013? E por quê?

Gustavo Figueiredo: Estamos estruturando, ainda, mais nossos sistemas de Gestão Financeiras e de índices zootécnicos (coleta de dados e armazenamentos mais eficaz). Tudo isso, para que, possamos ter mais agilidade nas tomadas de decisão e, consequentemente, agilidade nas travas via BMF.

BeefPoint: Qual mensagem gostaria de deixar para os confinadores no Brasil?

Gustavo Figueiredo: Administrar o máximo de dados que conseguir. Quanto mais conhecimento dos números maior o acerto. Porém, não adianta nada conhecer números sem que utilize ferramentas para proteger no mínimo o custo de produção. Ou seja, vamos fazer mais hedge, vamos utilizar o que está disponível.

Quem merece ganhar o Prêmio BeefPoint Confinamento? Clique Aqui e Vote!

Confira a Programação do Interconf 2013

Lembramos que todos os finalistas do prêmio são convidados vip cortesia do Interconf 2013.

1 Comment

  1. Carlos José Pedrosa disse:

    Concordo com o Gustavo Figueiredo. O pecuarista (e o agro também) precisa entender que sua propriedade rural é uma empresa como outra qualquer. Tudo numa empresa precisa ser controlado. É através do acompanhamento e controle dos custos que o agropecuarista poderá analisar e medir o desempenho da sua atividade. Porém, é precisO dispor de um bom sistema para bem cumprir todas essas tarefas. Não é obrigatório ser um sistema sofisticado, mas precisa controlar o patrimônio, as compras e aplicação de insumos, o pessoal, as vendas, a rentabilidade, a evolução dos indicadores e tudo que se refere à entrada e aplicação de recursos. Assim será obtida uma visão panorâmica do negócio. Melhor que isso: uma visão em detalhes importantes para a gestão. Sem isso o agropecuarista ficará perdido como um cego no meio de um tiroteio.