As técnicas de inseminação artificial, consideradas caras pela grande maioria dos pecuaristas da região de São José do Rio Preto, começam a se tornar mais acessíveis graças a parcerias. É o caso do Centro Universitário de Rio Preto(Unirp), que fechou recentemente um convênio com a Associação Láctea Noroeste. O trabalho, iniciado neste ano, visa aumentar a produtividade da raça girolando. “Entramos com o suporte técnico e eles com os animais”, afirma o professor de biotecnologia na reprodução, Halim Atique Neto.
Algumas técnicas utilizadas – como a fertilização in vitro e a transferência de embriões – têm a dupla função de aumentar a produtividade e elevar, simultaneamente, o número de cabeças em um rebanho. “Ao superestimular um bovino com hormônios, temos condições de disponibilizar vários embriões, transferindo-os para receptoras. De uma coleta podem nascer até 30 animais de uma mesma vaca”, afirma Atique Neto.
Atique Neto informa que as técnicas empregadas no melhoramento genético têm um alto custo. Em geral, cada coleta não sai por menos de R$ 500. “O pecuarista deve ficar atento à relação de custo e benefício da biotecnologia. Cada produto oriundo da transferência de embriões vale ao nascer mais de R$ 1 mil”, afirma. O especialista em biotecnologia diz que o índice de eficiência da técnica é de mais de 80%.
De acordo com o médico veterinário Fernando Buchala, o Centro Universitário também é parceiro dos Escritórios de Desenvolvimento Rural (EDR) e de Defesa Agropecuária (EDA) em um projeto piloto no distrito de Talhados. O trabalho visa conscientizar os pecuaristas sobre a importância da prevenção não apenas da febre aftosa, mas também de outras doenças, como a brucelose e a raiva bovina.
Fonte: Gazeta Mercantil (por Daniele Gonçalves), adaptado por Equipe BeefPoint