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Competitividade externa da pecuária brasileira depende de maior qualificação do setor

Para se manter competitivo no mercado externo, cada vez mais exigente, o setor brasileiro de carnes e derivados precisa assumir uma nova postura, visando à  organização e qualificação de toda a cadeia. “É necessário ser proativo e determinar qual é a referência de carne e produtos bovinos que o Brasil precisa oferecer ao mercado internacional e, com isso, delinear o um novo cenário tecnológico a ser alcançado”, explicou a pesquisadora do Cepea(Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) e professora da Esalq/USP Sílvia Helena Galvão de Miranda, durante apresentação feita na 7ª Interconf (Conferência Internacional de Confinadores).

Segundo a pesquisadora, o setor de carnes e derivados é um dos mais afetados pelas exigências técnicas (relacionadas à rastreabilidade e ao bem-estar animal, por exemplo) e sanitárias (incluem questões ligadas a doenças no rebanho e contaminações com resíduos em produtos cárneos) no mercado internacional. “Fica claro, portanto, que há a necessidade de qualificação e acesso à informação para o setor produtivo, e de criar condições para que consiga atender a esses requisitos técnicos e sanitários. É preciso, ainda, estruturar os serviços sanitários oficiais para monitorar e orientar o setor privado”, afirma Sílvia.

Entre os prejuízos que o setor enfrenta atualmente estão embargos, depreciação dos preços internacionais de seus produtos e comprometimento da imagem do País e do setor.

A adequação da pecuária brasileira traz também a necessidade de investimentos de todos os elos da cadeia, desde o produtor até o frigorífico, que posteriormente devem ser compensados com o aumento das exportações da carne bovina brasileira. “A criação de laboratórios de análise e também da estruturação do setor de insumos fazem parte dessa maior qualificação, assim como uma forte parceria entre os níveis privado e público”, explica Silvia.

Fonte: CEPEA, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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