Foram sacrificados ontem outros sete animais sentinelas com sintomas clínicos de doença vesicular em uma propriedade no município de Rio Grande. Neste final de semana, foram incinerados mais 20 exemplares com o mesmo quadro. Com isso, sobe para 72 o número de sentinelas eliminados em nove das 18 propriedades que registraram focos de aftosa no município, no início deste ano.
Os sentinelas são animais mantidos em propriedades onde foram registrados focos de aftosa, para comprovação da erradicação do vírus da doença. Os técnicos da Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Rio Grande do Sul (SAA) coletaram amostras para análise.
Hoje à tarde tem início a desinfecção das nove propriedades, que terão de passar novamente pelo vazio sanitário de 30 dias. Após esse período haverá a reintrodução de sentinelas. Em 15 dias, será feita nova desinfecção nos locais.
O presidente do Sindicato Rural de Rio Grande, Luiz Almeida, se diz preocupado com o processo de erradicação da doença no município, que, segundo ele, “parece interminável”. O dirigente não concorda com a repetição dos exames clínicos nos animais das fazendas situadas na área focal (raio de 3 km do foco), pretendida pela SAA. Segundo ele, os animais desta área já passaram pela sorologia e não apresentaram problemas. Ele explica ainda que os campos estão com superpopulação porque os produtores não conseguiram vender a última safra e já estão nascendo novos terneiros. Como os animais não têm muito do que se alimentar, acabam comendo espécies que podem lesionar a boca. O coordenador de campo da SAA, Gilberto Fernandes, garante que as lesões apresentadas são lesões de doença vesicular.
Fonte: Correio do Povo/ RS e Zero Hora/ RS, adaptado por Equipe BeefPoint