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Cingapura – do Terceiro ao Primeiro Mundo

7 de abril de 2015

Por Marcos Sawaya Jank

“Do terceiro ao Primeiro Mundo” é o titulo do segundo volume das memórias de Lee Kuan Yew, fundador e primeiro-ministro de Cingapura por mais de três décadas, que morreu na semana passada aos 91 anos.

Em 1965, quando Cingapura foi fundada, sua renda per capita era de US$ 400 ao ano. Cinquenta anos depois, sua renda per capita é de US$ 60 mil anuais. Essa pequena ilha equatorial – que foi um entreposto comercial britânico pobre no estreito de Malaca – sem recursos naturais, sem espaço, sem língua definida, transformou-se em uma potência mundial das finanças, comércio, eletrônicos, refinarias e serviços.

O segredo do milagre está em um tripé bastante simples idealizado por Lee: a) governo íntegro e eficiente; b) políticas econômicas favoráveis aos negócios e ao empreendedorismo; e c) disciplina, ordem social e respeito às leis. Em 50 anos, Cingapura tornou-se uma sociedade multicultural, multirracial, multirreligiosa e repleta de empresas multinacionais. Um país formado por migrantes de centenas de países, onde a diversidade é não apenas tolerada mas antes de tudo incentivada. Cingapura é hoje um dos países mais abertos do mundo para o comércio e os investimentos e para milhões de expatriados.

Um dos aspectos mais marcantes do país é o pesado investimento em educação e uma cultura de meritocracia. As escolas públicas são excelentes e muito exigentes. Chamam a atenção a qualidade e a agilidade do setor público, que adotou interessante política de salários altos para atrair os melhores talentos da sociedade, além da boa governança e um combate draconiano à corrupção. Trabalhar para o governo não deveria ser opção para pessoas despreparadas ou uma forma de sacrifício. Funcionários públicos deveriam ser escolhidos por aptidão e merecimento, com salário adequado que refletisse as melhores condições do mercado. Com princípios como esses, Lee reuniu as mentes mais brilhantes e transformou os padrões mais exigentes em um sistema de governo.

Outro aspecto marcante é a língua. Num país que nasceu há 50 anos como uma verdadeira Torre de Babel, Lee definiu que cada família optaria pela língua que quisesse, mas o inglês seria a segunda língua obrigatória de todos, ensinado desde cedo nas escolas e falado nas ruas. Em duas décadas, o inglês virou a primeira língua, com mandarim, malaio e tâmil (idioma indiano) como as demais. Óbvio que essa medida tão inteligente teve papel central na atratividade que Cingapura passou a exercer na região e no mundo.

O arquiteto de Cingapura viveu com hábitos frugais numa residência espartana, que ele pediu que fosse derrubada após sua morte, “para evitar indesejável culto à personalidade”. Sua maior obra está agora visível em toda parte: Cingapura, um modelo de sociedade limpa, segura e com instituições fortes no coração do Sudeste Asiático, formada por uma espetacular mistura das grandes culturas ocidentais e orientais.

Seu velho amigo, Henry Kissinger, resumiu: “Lee não era sedutor nem bajulador. Ele sempre colocava claramente o seu ponto de vista, com força e inteligência, não para pedir uma ação específica, mas para realmente traduzir a essência do mundo em que vivemos”.

Na mesma linha, sua grande admiradora Margaret Thatcher disse: “Li e analisei cada discurso de Lee Kuan Yew. Ele tem um jeito muito especial para atravessar a névoa da propaganda e expressar com singular clareza as grandes questões do nosso tempo e como enfrentá-las. Eu o admiro pela força de suas convicções, a clareza de suas percepções, a retidão de seus discursos e uma visão estratégica muito à frente do seu tempo. Ele nunca estava errado”.

Pragmático e objetivo, a frase que melhor sintetiza o seu jeito de ser foi: “É muito mais importante ser correto do que politicamente correto”.

Foi emocionante ver, no último final de semana, jovens e velhos esperando dez horas na fila do velório público para prestar uma última homenagem ao seu maior líder. Com flores, bandeiras e longas carta de agradecimento, sob intensa chuva, cidadãos encheram as ruas para acompanhar o cortejo fúnebre, seguido de discursos sinceros e emocionantes de familiares e colegas de jornada.

Lee Kuan Yew já tem seu lugar garantido na história, como um dos maiores estadistas do nosso tempo. No mundo globalizado em que vivemos, o Brasil precisa urgentemente de uma boa dose dos ideais e das realizações desse grande líder.

Por Marcos S. Jank, especialista em questões globais do agronegócio, para a Folha de São Paulo.

Equipe BeefPoint
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