Paraguai buscará mais mercados para carne bovina
24 de abril de 2015
Empresas do agronegócio exportam e importam menos no trimestre
24 de abril de 2015

Sem acordo com governo, líderes caminhoneiros anunciam greve

Líderes de caminhoneiros anunciaram na quarta-feira (22) que começariam uma nova greve a partir da meia-noite, após uma reunião entre representantes da categoria e integrantes do governo para decidir se haveria uma tabela de frete mínimo, pedido feito pelos caminhoneiros na greve realizada no mês de março.

Após quase dois meses de negociações, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, anunciou que o governo não faria uma tabela de frete mínimo, criando apenas uma tabela referencial. Grandes empresas eram contra a tabela mínima.

Após o anúncio, cerca de 50 representantes da categoria saíram do auditório da ANTT (Agência Nacional de Transporte Terrestre) aos gritos de “O Brasil Vai Parar”. Vários deles já se articulavam com outros líderes por mensagens de textos e redes sociais para iniciar a mobilização da categoria.

Rossetto tentou explicar aos caminhoneiros que o governo considerava que a tabela de frete mínimo, que criaria um valor mínimo para o pagamento do transporte de carga, seria inconstitucional e também não funcionaria.

Para tentar convencer os caminhoneiros a não anunciar o movimento, Rossetto apresentou reivindicações dos caminhoneiros que foram atendidas desde a greve, como a postergação do pagamento de dívidas, ofereceu a tabela referencial e uma “mesa permanente de negociação com os empresários” para melhorar o preço do frete.

Vários caminhoneiros rasgaram a proposta na frente do ministro e deixaram o encontro aos gritos que estavam sendo “pedalados” pelo governo.

Ao fim da reunião, Rossetto convocou uma entrevista coletiva para tentar explicar a posição do governo. Ele afirmou que o governo estudou muito o assunto e considerou que além de inconstitucional, uma tabela mínima seria impraticável.”Há uma enorme diferenciação na atividade que torna impraticável uma tabela impositiva”.

Segundo ele, o governo está seguro que a tabela referencial cria uma base para melhor distribuir a renda na atividade. Para ele, a maioria dos caminhoneiros reconhece as conquistas alcançadas após a greve e só houve desacordo sobre esse ponto.

Fonte: Folha de São Paulo, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

Os comentários estão encerrados.