Fechamento – 11:55 – 20/12/01
20 de dezembro de 2001
Fechamento – 12:17 – 26/12/01
26 de dezembro de 2001

Governo pode cortar incentivos de frigoríficos em GO

O presidente do Sindicato das Indústrias de Carnes do Estado de Goiás (Sindicarne), José Magno Pato, disse ontem que o governador Marconi Perillo sinalizou claramente para o setor sua disposição de suspender, a partir do início do ano, os benefícios fiscais concedidos aos frigoríficos paulistas Minerva e Estrela, para a implantação de suas unidades em Palmeiras de Goiás e Mineiros, respectivamente. “Isso traz um novo alento aos frigoríficos genuinamente goianos que, em função desses incentivos individualizados, haviam perdido competitividade frente aos concorrentes”, afirma o dirigente do Sindicarne.

Os benefícios oficiais foram concedidos aos dois frigoríficos, através de Termo de Acordo de Regime Especial (Tare) e consistem na permissão para que retirem o boi vivo de Goiás, para abate em suas unidades paulistas, recolhendo, ao invés de 12%, apenas 3% de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) – a mesma alíquota incidente nas operações dentro do Estado. Pelo acordo, os 9% restantes são apropriados pelos frigoríficos para investimentos na implantação de unidades industriais em Goiás, até um percentual máximo de 40% do valor das obras.

Magno Pato diz entender a dignidade de propósitos do governador Marconi Perillo, que por meio da política fiscal procura viabilizar novos investimentos para o Estado, mas alega que, no caso dos frigoríficos, a medida rompeu o equilíbrio competitivo do setor, agravando a crise que, por outros motivos, já se manifestava entre as indústrias goianas de carne.

Como fruto do agravamento da crise no setor, o presidente do Sindicarne cita o fechamento, há 15 dias, da unidade do Frigoalta em Jataí e a concessão de férias coletivas pelo Friboi, desde ontem, aos funcionários de suas duas unidades em Goiás. “A gravidade da situação torna ainda mais importante a provável decisão do governador de suspender os incentivos, restabelecendo o equilíbrio da concorrência no setor”, diz o presidente do sindicato, lembrando que Marconi Perillo tem demonstrado sensibilidade em relação à cadeia da carne, inclusive reduzindo de 7% para 3% o ICMS nas operações internas.

Fonte: O Popular/ GO, adaptado por Equipe BeefPoint

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