No jogo do mercado, a felicidade de uns pode ser decorrente do insucesso de outros. Por causa do problema da vaca louca e o aparecimento de focos de febre aftosa em vários países da Europa, na Argentina, no Uruguai e até no Rio Grande do Sul, a indústria da carne do Estado de Goiás está fechando 2001 com resultados muito bons. O melhor indicativo disso é o aumento no volume de carne goiana exportada.
Enquanto de julho de 1999 a junho de 2000 as exportações feitas diretamente do Estado somaram menos de US$ 35 milhões, no mesmo período de 2000/2001 o total chegou a quase US$ 50 milhões. A partir de dezembro de 2000 o incremento nas exportações foi maior, pois a indústria goiana passou a receber crédito de 7% sobre o valor dos negócios realizados com outros países (mesmo incentivo concedido pelo governo paulista).
Comparando a média mensal de carne enviada ao exterior antes e depois deste benefício, o acréscimo nas vendas foi superior a 100%. Mas, segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Carne e Derivados no Estado de Goiás, José Magno Pato, o aumento real nas exportações girou em torno de 20%. Ele explica que antes da concessão do crédito de 7%, a carne goiana era enviada a outros países a partir de São Paulo.
Segundo dados da Secretaria da Fazenda, entre junho de 1999 e julho de 2000 as exportações de carne goiana movimentaram menos de U$ 3 milhões ao mês. De dezembro de 2000 a outubro de 2001 o volume de recursos mensais gerados superou U$ 7,5 milhões. Aumentou também a quantidade de couro exportado, equivalente a mais de U$ 1 milhão mensal.
Fonte: O Popular/ GO (por Ana Flávia Pereira), adaptado por equipe BeefPoint