I – Produção Animal no 3o trimestre de 2015
1. Abate de animais
1.1 – Bovinos
No 3o trimestre de 2015 foram abatidas 7,56 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária. Essa quantidade foi 0,9% menor que a registrada no trimestre imediatamente anterior (7,62 milhões de cabeças) e 10,8% menor que a apurada no 3o trimestre de 2014 (8,47 milhões de cabeças). O Gráfico I.1 mostra a evolução do abate de bovinos por trimestre, desde o 1o trimestre de 2010.
Como não há variações acentuadas no peso médio das carcaças, sobretudo em nível nacional e entre os mesmos períodos do ano, a série histórica trimestral do peso acumulado de carcaças (Gráfico I.2) tende a seguir o mesmo comportamento da série do abate de bovinos. A produção de 1,87 milhões de toneladas de carcaças bovinas no 3o trimestre de 2015 foi 1,4% maior que a registrada no trimestre imediatamente anterior (1,85 milhões de toneladas) e 8,3% menor que a registrada no 3o trimestre de 2014 (2,04 milhões de toneladas).
O peso médio das carcaças bovinas, no 3o trimestre de 2015 (247,7 kg/carcaça), foi maior que o apurado no trimestre imediatamente anterior (242,0 kg/carcaça) e no 3o trimestre de 2014 (240,9 kg/carcaça). Contribuiu para esse aumento, a maior participação relativa de machos – que são mais pesados que as fêmeas (Gráfico I.3). Pelo Gráfico I.3 é possível verificar terceira queda consecutiva na participação do abate de fêmeas nos comparativos dos 3os trimestres.
O abate de 913,87 mil cabeças de bovinos a menos no 3o trimestre de 2015, em relação a igual período do ano anterior, foi impulsionado por reduções no abate em 22 das 27 Unidades da Federação. As principais quedas ocorreram em: São Paulo (-191,21 mil cabeças), Mato Grosso (-160,58 mil cabeças), Minas Gerais (-131,11 mil cabeças), Mato Grosso do Sul (-116,65 mil cabeças), Paraná (-76,84 mil cabeças), Bahia (-66,52 mil cabeças), Goiás (- 60,49 mil cabeças) e Rondônia (-48,98 mil cabeças). Parte dessas quedas foi compensada por aumentos em: Tocantins (+17,72 mil cabeças), Santa Catarina (+6,26 mil cabeças), Rio de Janeiro (+2,12 mil cabeças), Rio Grande do Norte (+0,41 mil cabeças) e Distrito Federal (+0,14 mil cabeças). No ranking das UFs, Mato Grosso continua a liderar amplamente o abate de bovinos, seguido por Mato Grosso do Sul e Goiás (Gráfico I.4).
Segundo o indicador Esalq/BM&F Bovespa do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada – Cepea, as médias mensais dos preços da arroba bovina de janeiro a setembro de 2015 mantiveram-se mais altas que nos respectivos meses de 2014 (Gráfico I.5). O aumento médio mensal, entre esses períodos, foi da ordem de 18,3%. O preço recorde na série histórica: R$ 150,65/@ – considerando o intervalo de 23 de julho de 1997 a 30 de setembro de 2015 – foi registrado em 20 de abril de 2015.
De acordo com o IPCA/IBGE (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que é o indicador oficial da inflação brasileira, todos os cortes de carne bovina tiveram incrementos de preços de janeiro a setembro de 2015. As carnes conhecidas como de segunda tiveram os preços aumentados acima do Índice geral de inflação, enquanto as de primeira, exceto o Chã de dentro, abaixo desse índice (Gráfico I.6).
Segundo dados do Secex, no 3o trimestre de 2015, as exportações brasileiras de carne bovina in natura aumentaram em quantidade, faturamento e preço médio da tonelada no comparativo com o trimestre imediatamente anterior, entretanto, apresentaram decréscimo frente ao 3o trimestre de 2014 (Tabela I.1).
Egito (18,0%), China (14,6%), Rússia (14,2%), Venezuela (11,7%), Irã (8,7%), Hong Kong (8,0%), Chile (6,0%), Itália (2,6%), Israel (1,7%) e Holanda (1,6%) foram os dez principais destinos da carne bovina in natura brasileira no 3o trimestre de 2015, respondendo juntos por 87,2% da carne exportada. Nesse período, o produto foi exportado para 62 destinos diferentes.
Participaram da Pesquisa Trimestral do Abate de Animais, no 3o trimestre de 2015, 1.194 informantes de abate de bovinos. Dentre eles, 199 possuíam o Serviço de Inspeção Federal (SIF), 388 o Serviço de Inspeção Estadual (SIE) e 607 o Serviço de Inspeção Municipal (SIM), respondendo, respectivamente, por 77,7%; 16,8% e 5,5% do peso acumulado das carcaças produzidas. Todas as UFs apresentaram abate de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária.
3. Aquisição de Couro
No 3o trimestre de 2015, os curtumes investigados pela Pesquisa Trimestral do Couro – aqueles que curtem pelo menos 5.000 unidades inteiras de couro cru bovino por ano – declararam ter recebido 8,09 milhões de peças inteiras de couro cru de bovino. Essa quantidade foi 0,3% maior que a registrada no trimestre imediatamente anterior e 12,2% menor que a registrada no 3o trimestre de 2014. Quanto à origem do couro, a maior parte teve procedência de matadouros e frigoríficos, seguida pela prestação de serviços, respondendo juntos por 89,2% do total apurado no período (Tabela I.7).
A redução de 1,12 milhão de peças inteiras de couro, em nível nacional, no comparativo dos 3os trimestres 2015/2014, foi impulsionada por reduções nas aquisições de peles bovinas em 17 das 20 Unidades da Federação. As principais quedas absolutas foram registradas em: Paraná (-282,57 mil peças), Mato Grosso (-218,96 mil peças), Rio Grande do Sul (-194,81 mil peças), Minas Gerais (-164,34 mil peças), Pará (-105,71 mil peças), Bahia (-83,37 mil peças), São Paulo (-68,62 mil peças) e Goiás (-64,86 mil peças). Parte dessas quedas foi compensada por aumentos em: Rondônia (+129,49 mil peças), Tocantins (+120,32 mil peças) e Roraima (+10,01 mil peças). No ranking das UFs, Mato Grosso continua a liderar amplamente a recepção de peles pelos curtumes, seguido por São Paulo e Mato Grosso do Sul (Gráfico I.16).
No 3o trimestre de 2015, 99,7% das peles recebidas pelos curtumes foram curtidas. O método mais utilizado para o curtimento foi ao cromo (96,3%), seguido pelo ao tanino (2,7%) e por outros métodos (1,0%). O cromo foi utilizado em 19 das 20 UFs com pelo menos um curtume pertencente ao universo da pesquisa. Apenas Santa Catarina não utilizou cromo no curtimento. O tanino foi utilizado em sete UFs: Santa Catarina (com 33,6% do total curtido ao tanino), Paraná (21,2%), Rio Grande do Sul (19,5%), São Paulo (14,0%), Minas Gerais (9,2%), Pernambuco (2,1%) e Rondônia (0,5%). Outros métodos de curtimento foram registrados por curtumes em São Paulo (com 85,1% do total curtido por outros métodos), Goiás (12,2%) e Minas Gerais (2,7%).
A diferença entre o total de peças inteiras de couro cru de bovino recebido pelos curtumes (Pesquisa Trimestral do Couro) e a quantidade de bovinos abatidos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária (Pesquisa Trimestral do Abate de Animais) pode ser entendida como uma proxy do abate não-fiscalizado. Contrastando as séries históricas dessas duas variáveis (Gráfico I.17), pode-se inferir que a diferença entre elas tem diminuído com o passar dos anos, chegando ao patamar de 6,6%, no 3o trimestre de 2015.
Participaram da Pesquisa Trimestral do Couro, no 3o trimestre de 2015, 109 curtumes. Amazonas, Amapá, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas, Rio de Janeiro e Distrito Federal são as únicas Unidades da Federação que não possuem curtumes elegíveis ao universo da pesquisa.
II – TABELAS DE RESULTADOS – BRASIL
Tabela II.1 – Abate de Animais, Aquisição de Leite, Aquisição de Couro e Produção de Ovos de Galinha – Brasil – trimestres selecionados de 2014 e 2015
II.2 – Abate de Animais – Brasil – 2013 e 2014
Tabela II.2.1 – Número de animais abatidos por espécie e variação anual, segundo os trimestres, os meses e o acumulado do ano – Brasil – 2014-2015
Tabela II.2.2 – Peso total das carcaças de animais abatidos por espécie e variação anual, segundo os trimestres, os meses e o acumulado do ano – Brasil – 2014-2015
Tabela II.2.3 – Número de animais abatidos, por espécie e tipo de inspeção sanitária – segundo os trimestres, os meses e o acumulado do ano – Brasil – 2015
Tabela II.2.4 – Peso total das carcaças de animais abatidos, por espécie e tipo de inspeção sanitária, segundo os trimestres, os meses e o acumulado do ano – Brasil – 2015
Tabela II.2.5 – Número de bovinos abatidos, por categoria animal, segundo os trimestres, os meses e o acumulado do ano – Brasil – 2015
Tabela II.2.6 – Peso total das carcaças de bovinos abatidos, por categoria animal, segundo os trimestres, os meses e o acumulado do ano – Brasil – 2015
II.4 – Aquisição de Couro Cru Bovino – Brasil – 2015
Tabela II.4.1 – Quantidade de peças inteiras de couro cru bovino adquirida, por procedência, e recebida de terceiros, segundo os trimestres os meses e o acumulado do ano – Brasil – 2015
Tabela II.4.2 – Quantidade total de peças inteiras de couro cru bovino adquirida e curtida, segundo os trimestres, os meses, e o acumulado do ano – Brasil – 2014-2015
III – TABELAS DE RESULTADOS – UNIDADES DA FEDERAÇÃO – 3o TRIMESTRE
III.1 – Abate de Animais – Unidades da Federação – 3os trimestres de 2014 e 2015
Tabela III.1.1 – Quantidade e peso total de carcaças de bovinos abatidos e variação anual – Brasil e Unidades da Federação – 3os trimestres de 2014 e 2015
II.3 – Aquisição de Couro Cru Bovino – Unidades da Federação – 3os trimestres de 2014 e 2015
Tabela III.3.1 – Quantidade de peças inteiras de couro cru bovino, total, adquirida e recebida, e variação anual – Brasil e Unidades da Federação – 3os trimestres de 2014 e 2015
Fonte: IBGE.