Cíclico: O Indea-MT divulgou o abate de bovinos de dezembro/15, foram 387,41 mil cabeças enviadas para o gancho. Este é o menor volume de animais abatidos em um mês de dezembro desde 2010. Realizando um apanhado de 2015, observa-se que o abate de animais caiu 15,22% se comparado a 2014, foram 4,68 milhões de cabeças abatidas em 2015. Muito se tem discorrido sobre essa queda no volume abatido no Estado, atribuindo essa redução ao ciclo pecuário vivenciado atualmente, com a recomposição do rebanho acontecendo através da retenção das matrizes. Tal teoria é corroborada quando se observam os dados estratificados, enquanto a redução no abate de machos foi de 300,06 mil cabeças, a diminuição no abate de fêmeas chegou a 540,23 mil cabeças. E, ainda, regiões que têm como característica o segmento de cria (norte, noroeste) registraram maiores quedas no volume abatido se comparadas a outras regiões.
. As arrobas do boi gordo e da vaca gorda seguiram estáveis ao longo da última semana, valorização de 0,25% e desvalorização de 0,04%, respectivamente.
. O preço do bezerro teve alta ao longo da semana de 0,78%, chegando ao valor médio de R$ 1.285,00/cab.
. Para o contrato futuro com vencimento em fev/16, houve valorização de 0,59%, fechando a semana em R$ 153,32/@.
. O diferencial de base SP-MT apresentou alta de 0,23 p.p., fechando a semana com média de 15,87%.
REDUZINDO: Depois de atingir o pico de valor bruto ger- ado em 2014, a bovinocultura de corte registrou em 2015 sua primeira redução no Valor Bruto da Produção (VBP) desde que tal levantamento começou a ser feito. A pecuá- ria de corte, segundo maior segmento de geração de valor para a agropecuária mato-grossense, viu seu VBP reduzir 0,57% em 2015, estabelecendo-se em R$ 8,86 bilhões. Dito isso, observa-se no gráfico a razão para essa leve redução no VBP da bovinocultura de corte, o abate em 2015 caiu 15,22% em comparação a 2014, diminuindo o volume de carne bovina produzida no Estado. Para melhor entendi- mento do porquê a queda no VBP ter sido tão tímida se comparada à queda no abate, basta se atentar para os pre- ços da arroba em 2015, que ficaram em média 16,50% maiores que em 2014. Com projeções de queda no abate e perspectiva de preços em relativa estabilidade, estima-se uma leve redução no VBP da pecuária de corte em 2016.
Observações:
8 – Considera-se para o cálculo do equivalente físico do boi gordo um animal de 17 arrobas ou 255 quilogramas de carcaça; 49% do peso advém do traseiro com osso, 39% do dianteiro com osso e 12% da ponta de agulha, todos os cortes com osso no atacado.
9 – Consideram-se para o cálculo equivalente físico do boi gordo + couro/sebo os pesos dos cortes cárneos com osso e o peso do couro e sebo obtido no abate de um bovino.
10 – Consideram-se para o cálculo equivalente físico do boi gordo + couro/sebo + subprodutos o peso dos cortes cárneos com osso no atacado, o peso do couro e sebo e os pesos dos subprodutos da indústria.
11 – Consideram-se para o cálculo equivalente dos cortes desossados + couro/sebo + subprodutos o peso dos cortes cárneos desossados no atacado, o peso do couro e sebo e o peso dos subprodutos da indústria.
12 – Para o cálculo da relação de troca entre o boi gordo e o bezerro de 12 meses considera-se um boi gordo de 17 arrobas.
Fonte: Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).