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Com garantia de oferta, tendência é de queda nos preços do milho no mercado interno

Quem optar por manter os estoques de milho projetando ganhos no mercado poderá ver sua estratégia frustrada. De acordo com o quadro de oferta e demanda da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção da temporada 2015/2016 é de 69,14 milhões de toneladas. As exportações devem chegar a 22 milhões de toneladas, o consumo interno a 54,67 milhões de toneladas e as importações, 1,5 milhão de toneladas. Ou seja, um estoque de passagem de 4,47 milhões de toneladas em 31 de janeiro de 2017. Como há produto para ofertar, a tendência é que os preços venham a cair.

Veja seis fatores que deverão resultar no recuo das cotações de milho no mercado interno:

1. As importações brasileiras, sobretudo do Mercosul, deverão aumentar, principalmente para a regiões Sul e Nordeste.
2. A redução de oferta na primeira safra e a expectativa de queda na segunda exerceu uma pressão de alta na formação dos preços, provocando uma retenção de venda pelos produtores.
3. Além disso, o crescimento 180% nas exportações de janeiro a abril de 2016 (12,24 milhões de toneladas), em relação ao mesmo período do ano passado (4,3 milhões de toneladas), reforçou a pressão já existente.
4. O comportamento atual de preços, superiores à paridade de exportação, induz operações de recompras de contratos de vendas externas pelas tradings para direcionar ao mercado interno, aumentando a oferta.
5. Ao mesmo tempo, as exportações de milho nos meses de maio, junho e julho têm sido muito inferiores aos volumes do mesmo período do ano passado. Até agora, foram exportadas apenas 250 mil toneladas de milho, sendo que em julho de 2015 foram embarcadas 1,28 milhão de toneladas.
6. A paridade de importação de milho da Argentina e Paraguai tem sido viabilizada para as regiões Sul e Nordeste. Hoje, o milho argentino chega aos portos brasileiros em torno de R$ 44 no Sul e R$ 52 na Região Nordeste (a saca de 60 quilos).

Fonte: Mapa, adaptada pela Equipe BeefPoint.

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