O gerente de Conhecimento do Instituto Nacional de Carnes (INAC), Pablo Caputi, disse que a abertura dos Estados Unidos para a entrada de carne bovina brasileira é uma vantagem para esse país, mas é necessário analisar qual é sua capacidade genuína, porque a carne que vai para um mercado, não vão a outro.
Ele disse que embora nos últimos meses do ano passado e no primeiro semestre desse ano o Brasil tenha exercido uma pressão de preços no mercado chinês, isso vai mudar com essa abertura, porque o que quer colocar nos Estados Unidos terá que deixar de exportar à China, por exemplo.
Caputi afirmou que o Uruguai também fez algo similar nesse momento. “Houve um tempo que estivemos entrando forte nos Estados Unidos Depois, a Rússia foi mais atrativa e começamos a vender a esse mercado. Depois, ocorreu o mesmo com a China”. Além disso, ele disse que esse acordo permitirá que o Brasil “construa um portfólio mais diversificado de mercados”, como tem atualmente o Uruguai.
Ele disse que o Brasil atualmente não tem acesso a mercados que o Uruguai possui, mas “temos que seguir trabalhando de forma a nos defender e essa forma é agregar mais valor ao produto, diferenciando-se, segmentando e buscando nichos, porque, em volumes, nós não podemos competir; há outros atributos em jogo”.
Fonte: El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.