Faleceu nesta quarta-feira (21), o leiloeiro gaúcho, Trajano Silva, aos 85 anos de idade. Silva era considerado um ícone no setor do agronegócio, por ser um dos empresários que apostaram na formatação da venda de animais por meio de pregões. Há 30 anos, ele foi um dos precursores do modelo de comércio de animais que se espalhou por todo o País. Hoje, seus filhos Osvaldo Indarte, em Mato Grosso do Sul, e Marcelo Silva, no Rio Grande do Sul, mantêm empresas leiloeiras que o pai ajudou a conceber. No País, não há dados oficiais sobre o mercado de leilões que oferta gado de produção e de seleção, mas a estimativa é de que fique próximo de R$ 2 bilhões, por ano.
A história de Silva começou bem antes dos leilões de gado se espalhar por todo o País, no modelo hoje praticado pelo mercado. Mas foi com a fundação da Trajano Silva Remates em 1961, no município gaúcho de Uruguaiana, que tudo começou a mudar. No ano seguinte, Silva passou a realizar leilões em Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Distrito Federal, Bahia, Minas Gerais e Roraima. Em 2010, ele publicou um livro de memórias, onde conta a odisséia desse período.
“Penso com este trabalho ter ajudado a pecuária em geral, porque o leilão foi fator decisivo na difusão do melhoramento genético e na fixação dos valores reais do gado em todo País, e também na inclusão social como um todo”, escreveu em prefácio do livro “50 anos da Trajano Silva Remates”. Nos últimos ano, Silva residia em Dourados (MS), onde foi sepultado.
Fonte: Dinheiro Rural, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.