O governo do Japão já recuperou cerca de 2,47 bilhões de ienes (US$ 22,59 milhões, na cotação de 2 de dezembro) em subsídios pagos para os fornecedores de carnes após o surgimento da Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), a doença da “vaca louca”, no país, em 2001.
O total de subsídios chega a quase um terço do orçamento de 9,2 bilhões de ienes (US$ 84,15 milhões) do Ministério da Agricultura, Floresta e Pescado do Japão reservado a este projeto, de acordo com pesquisa feita pela Agriculture & Livestock Industries Corp., afiliada do Ministério.
Pelo projeto, introduzido em outubro de 2001, após a descoberta do primeiro caso de EEB do país um mês antes, o Ministério ordenou que as cooperativas agrícolas e indústrias do Japão comprassem carne bovina congelada dos fornecedores do país e a mantivessem estocada para aliviar a preocupação pública, evitando que a carne bovina não-inspecionada fosse colocada no mercado.
O Ministério pagou os custos para manter a carne congelada, bem como uma compensação para repor a queda dos valores da carne, devido à deterioração de sua qualidade na estocagem.
O projeto teve como alvo carne bovina oriunda de animais abatidos depois da descoberta do primeiro caso de EEB e antes de o Japão começar a checar todos os bovinos abatidos para verificar a presença da doença, o que começou a ser feito a partir de 18 de outubro de 2001.
No ano passado, porém, a Comissão de Auditoria descobriu que algumas amostras de carne bovina do estoque indicavam que o produto tinha sido congelado antes do surgimento de EEB. A pesquisa da corporação seguiu as instruções da Comissão para reavaliar a carne bovina desqualificada do estoque e calcular a quantia que deveria ser restituída.
Fonte: The Japan Times, adaptado por Equipe BeefPoint