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7 de fevereiro de 2002

Raiva mata 120 bovinos em Minas Gerais

Nos últimos dois meses, 120 bovinos morreram em Minas Gerais por causa da raiva animal. Os focos da doença foram identificados em Uberlândia, Araguari, Indianópolis e Ituiutaba. Além dos casos confirmados pelo escritório regional do Instituto Mineiro de Agropecuária de Uberlândia (IMA), que atende outros 17 municípios, a regional de Uberaba confirmou a existência de mais cinco focos da doença na área atendida por seus agentes.

A confirmação dos casos da doença no Triângulo reforça a preocupação dos agentes do IMA, que há dois anos vêm alertando os pecuaristas para a possibilidade de aumento dos casos da doença no rebanho da região. No início de 2000, foram confirmados os primeiros focos, nos municípios de Perdizes e Araxá.

Estudos do IMA mostram que a doença vem avançando em média de 50 quilômetros a cada ano no sentido leste/oeste do Estado. No ano passado, surgiram os primeiros casos em Araguari, Uberaba e Tapuirama, distrito de Uberlândia. O delegado regional do IMA de Uberaba, Roni Adolfo Hein, acredita que os novos focos de raiva confirmam o avanço da doença no Triângulo Mineiro. No ano passado, foram identificados 65 pontos de contaminação apenas na região do Vale do Rio Grande.

O aumento do número de casos preocupa ainda mais porque, segundo um levantamento feito pelo instituto, o índice de imunização do rebanho na região não ultrapassa 20%, nos municípios cobertos pela regional do IMA de Uberlândia. Na área de atuação do IMA de Uberaba, o percentual de imunização é superior ao registrado no restante do Triângulo, mas ainda é inferior ao ideal. Segundo o delegado regional do instituto, Roni Adolfo Hein, apenas 40% do rebanho foi vacinado.

Ele acredita que a mortalidade de gado nas áreas afetadas pode crescer ainda mais. “A morte dos animais ocorre entre 15 e 30 dias depois da infestação. Isso significa que o pecuarista só percebe a presença da doença no rebanho depois que já houve a contaminação. Como a raiva não tem cura a única alternativa de controle da doença é a vacinação”, esclarece.

O delegado regional do Ima em Uberlândia, Nivaldo Freitas Silva, pede aos pecuaristas que, além de vacinar o rebanho, comuniquem ao IMA e ao Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) para que seja feita a captura dos morcegos transmissores da raiva.

Fonte: Correio de Uberlândia, adaptado por Equipe BeefPoint

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