O comércio era uma questão chave da campanha nas eleições 2016. E até agora, o presidente Donald Trump manteve-se fiel em manter a questão na frente e no centro – começando com a ordem executiva retirando os EUA da Parceria Transpacífico (TPP). Dito isto, com base na retórica da campanha de muitos membros do Congresso, a ação de Trump foi em grande parte simbólica; a TPP provavelmente já morreria assim que chegasse ao Congresso, de qualquer maneira.
No entanto, é um desenvolvimento importante para a indústria de carne bovina. Enquanto isso, há agora uma abundância de retórica em torno da relação comercial EUA-México. Isso também poderia se revelar uma dinâmica importante para os mercados de carne bovina dos EUA no futuro, sem mencionar o chamado mais amplo de Trump para reabrir o acordo NAFTA (Acordo de Livre Comércio da América do Norte).
A ideia desse artigo não é fazer um comentário político, mas sim, chamar a atenção para as realidades políticas do que está ocorrendo em Washington, D.C., e as possíveis ramificações para a indústria de carne. Assim, o gráfico abaixo fornece alguma perspectiva histórica em torno do valor das exportações de carne bovina para o Canadá, México e o resto do mundo.
As exportações de carne bovina, no total, equivaleram a quase US$ 7 bilhões em 2014, gerando cerca de US$ 6 bilhões de receita em 2013 e 2015, respectivamente. Os números finais para 2016 estarão disponíveis dentro de algumas semanas, mas até novembro, foram avaliados como muito parecidos com os de 2015. No entanto, fatiando isso, percebe-se que as exportações de carne bovina representam cerca de US$ 300 por cabeça para cada novilho ou novilha de engorda comercializados nos EUA.
Mais pertinente a esta discussão é a contribuição relativa do Canadá e do México. As exportações do NAFTA, como uma porcentagem das exportações totais, atingiram o pico em 2004 após o caso de encefalopatia espongiforme bovina (EEB) nos Estados Unidos. No entanto, desde então, a indústria de carne bovina conseguiu com sucesso recuperar o acesso aos mercados externos, com exceção da China.
Como tal, o valor relativo da carne bovina dos EUA que vai para o Canadá e o México tem diminuído ao longo do tempo. Embora ainda consideráveis, as exportações canadenses e mexicanas representam atualmente pouco mais de 25% de todo o valor das exportações. Entretanto, há também a influência de suprimentos adicionais de suínos e aves para considerar se o fluxo comercial começa a ser impedido por disputas políticas.
Fonte: BEEF Magazine, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.