Meira Fernandes realiza reunião itinerante
19 de janeiro de 2004
Rússia está disposta a rever cota de carnes para o Brasil
21 de janeiro de 2004

Sindirações prevê aumento de 5% em 2004

O Sindirações (Sindicato Nacional da Indústria da Alimentação Animal) anunciou que, em 2003, a produção global de ração balanceada para animais atingiu a marca de 40,8 milhões de toneladas, uma queda de cerca de 2,5% em relação à do ano anterior. Apesar da retração do mercado, o faturamento global do setor manteve-se na casa dos US$ 7 bilhões, representando quase 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB).

Para 2004, as metas são ambiciosas: as indústrias projetam um crescimento de até 5%, retomando a série de resultados positivos dos últimos anos.

Para atingir este objetivo, o Sindirações afiliou-se à IFIF (International Feed Industry Federation), órgão oficialmente consultado pela FAO, fundo de alimentação e agricultura da ONU (Organização das Nações Unidas) para assuntos de alimentação animal. O presidente do Sindirações, Mario Sergio Cutait, será um dos membros do board da instituição internacional.

Outra medida é a assinatura, com o Ministério da Agricultura, do acordo de aperfeiçoamento do programa SIPE2000. A última versão do software, que estará disponível ainda no primeiro semestre deste ano, possibilitará o registro de produtos e empresas do setor, que atualmente demora semanas, em minutos.

O Sindicato também acompanhará a reforma tributária, de maneira a minimizar o impacto dos impostos incidentes sobre os produtos. “Estamos colocando nossa entidade a serviço do desenvolvimento do nosso setor, agindo de modo integrado e com visão de futuro”, disse Cutait.

Balanço

A retração da produção em 2003 interrompe um ciclo de crescimento continuado, particularmente desde 2000, quando a produção totalizou 34,4 milhões toneladas, passando para 38,8 milhões em 2001 e 41,6 milhões em 2002.

De acordo com o Sindirações, os fatores que mais contribuíram para a queda da produção foram a redução do poder aquisitivo do brasileiro e o desemprego. Mesmo o recorde nas exportações de carnes bovina, suína e de frango, cujas indústrias são grandes compradoras de ração, não compensou a baixa no consumo nacional.

Para 2004, a entidade prevê, ainda, que uma possível alta dos preços da soja e do milho (que compõem 80% da ração animal) possa refletir-se nos preços para o consumidor final das carnes de frango e porco (já que a ração representa 70% do preço final da carne). “Os custos serão repassados ao consumidor final. Assim, dependemos do aumento do poder aquisitivo do brasileiro para atingirmos nossas metas”, alertou Mario Sergio Cutait.

Fonte: Assessoria de Imprensa do Sindirações, adaptado por Equipe BeefPoint

Os comentários estão encerrados.