No início deste mês, o Serviço de Inspeção e Segurança Alimentar do USDA enviou cartas a dez países exportadores de carne bovina, entre eles o Brasil, informando que as importações serão bloqueadas se os países não cumprirem as novas regras. Entre elas está a proibição de uso de gado doente e ferido no abate para consumo humano.
Além do Brasil, a carta foi enviada aos ministérios da Agricultura de Austrália, Argentina, Canadá, Costa Rica, Honduras, México, Nicarágua, Nova Zelândia e Uruguai.
O presidente da Associação Brasileira dos Exportadores de Carnes (Abiec), Pratini de Moraes, disse que se tais medidas forem efetivamente exigidas, não afetarão o Brasil porque há muitos anos o país faz esse tipo de controle. “Temos veterinários nos frigoríficos que avaliam os animais que vão para o abate”, afirmou.
O consultor Ênio Marques Pereira, ex-secretário de Defesa Agropecuária do ministério da Agricultura, acrescentou que, no Brasil, animais com qualquer tipo de ferimento são submetidos ao “abate de emergência” e são destinados à graxaria. Para Pratini, “o Brasil tem políticas de controle rigorosas, que muitos países não têm”.
O país só vende carne cozida em lata os EUA, mas a expectativa da Abiec é que comece a vender carne in natura em 2005. Antes, é preciso ser finalizado o processo de análise de risco que está em curso.
Fonte: Valor OnLine (por Alda do Amaral Rocha), adaptado por Equipe BeefPoint