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Faepa estima que barreiras da aftosa caiam em 60 dias no Pará

A expectativa do diretor da Federação da Agricultura do Pará (Faepa), Diogo Naves, é que as barreiras sanitárias impostas ao rebanho bovino paraense, em decorrência da febre aftosa, caiam dentro de 60 dias, no máximo, contados a partir da auditoria que será realizada em março pelo Ministério da Agricultura. “Ou essas barreiras são superadas ou estará decretada a falência do setor produtivo do sul do Pará”, afirmou, destacando que não existe aftosa no Pará, muito menos no sul e sudeste do estado. “O que existe é um entrave econômico, cartéis de frigoríficos de outros Estados, que pressionam pela não abertura das fronteiras paraenses”.

Essas declarações foram feitas em um encontro de produtores rurais em São Geraldo do Araguaia, município do sul do Pará, no final de semana passado, do qual participou também o vice-governador Hildegardo Nunes. O ponto culminante do evento foi o encerramento da campanha contra a aftosa, em São Félix do Xingu.

Naves explicou que a auditoria do Ministério da Agricultura, que estava prevista para janeiro deste ano, acabou adiada para que fosse feita junto com uma sorologia do rebanho, em 86 municípios. Com essa medida, de acordo com ele, a expectativa é agilizar a abertura das fronteiras, para evitar o risco “de uma quebradeira generalizada do setor pecuário, devido à defasagem do preço da arroba, que é de 20% a 25%”, concluiu. Segundo Naves, o Ministério da Agricultura prometeu R$ 4 milhões para o combate à aftosa no Estado, mas só liberou até agora pouco mais de R$ 1 milhão.

O vice-governador parabenizou os produtores pelo índice de vacinação do rebanho (que é de 98% em todo o Estado) e disse que as perdas ocasionadas ao Pará, em decorrência dos entraves à comercialização do rebanho giram em torno de R$ 2 bilhões. Mas Nunes também criticou a falta de uma “verdadeira política agrícola” no Brasil e afirmou que hoje “os produtores brasileiros estão vendendo o almoço para sobreviver, enquanto o sistema financeiro ganha dinheiro como nunca no País”. Ele lembrou que, da mesma forma que o Pará, o Brasil também sofre a imposição de barreiras à comercialização de seus produtos pelos países mais desenvolvidos.

Fonte: Gazeta Mercantil, adaptado por Equipe BeefPoint

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