Priorizar ao máximo a política de defesa agropecuária foi uma das principais decisões do encontro de secretários de Agricultura, em Brasília. Nesse tema estão inclusas ações como a campanha de erradicação da febre aftosa e preventivas em relação ao mal da “vaca louca” e da gripe aviárias, além do combate sistemático a outras doenças endêmicas, dentre as quais a raiva, brucelose, tuberculose, new castle, peste suína e gripe eqüina.
Para o secretário da Agricultura de Goiás, José Mário Schreiner, está cada vez mais claro para todo mundo que a questão da defesa sanitária deixa de ser apenas um aspecto de modernização do setor para tornar-se uma exigência vital à sobrevivência do agronegócio brasileiro.
Ele acrescenta que o acentuado desenvolvimento da agropecuária nacional está firmemente ancorado no pilar das exportações, mas os mercados internacionais se apresentam cada vez mais exigentes em relação à sanidade e qualidade dos produtos.
Os secretários não esqueceram de bater na tecla dos recursos federais para a defesa sanitária, que além de escassos, não têm chegado nos momentos mais necessários. No ano passado, praticamente não foram destinados recursos para o setor, estimando-se que não tenha totalizado R$ 10 milhões.
Segundo eles, os governos e a iniciativa privada dos dez estados que constituem as zonas livres de aftosa gastam anualmente cerca de R$ 400 milhões com a defesa agropecuária e defendem que o governo federal participe com pelo menos 20%.
O orçamento da União para 2004, porém, destina apenas R$ 60 milhões para os programas de defesa sanitária, embora haja a promessa do ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, de lutar pela liberação extra-orçamentária de mais R$ 60 milhões. “Sabemos que a questão de recursos é delicada para o governo federal, mas os estados também estão exauridos, gastando mais do que realmente podem para os seus programas de defesa agropecuária”, argumenta Schreiner.
Fonte: O Popular/GO, adaptado por Equipe BeefPoint