A China informou que concederá permissão para a entrada de carne bovina e ovina (desossada e resfriada) e bovinos vivos (basicamente gado de leite) do Uruguai. Esta informação foi confirmada pelo diretor geral de Serviços Pecuários, Recaredo Ugarte.
Com a maior parte dos países do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (North American Free Trade Agreement – NAFTA) – Canadá e Estados Unidos – aberta às importações de carne desossada e maturada, a Direção Geral de Serviços Pecuários do Uruguai está objetivando agora conquistar os mercados asiáticos.
“Estabelecemos uma negociação direta com as autoridades do Japão, buscando que nos permitam a entrada de carne cozida e congelada que hoje não são importadas”, afirmou Ugarte, que avaliou como “positiva” a primeira aproximação com as autoridades representantes do Japão. O Uruguai também tentará a mesma coisa com a Coréia.
Oriente Médio
A Turquia e a Tunísia se somaram, na semana passada, à lista de nações do Oriente Médio que permitem a entrada de bovinos e ovinos vivos do Uruguai. “A Tunísia já negociou o protocolo sanitário durante sua visita e o mercado está operacional”, confirmou Ugarte, considerando que houve no Oriente Médio “um avanço substancial”. No caso da Turquia, o certificado sanitário ainda deve ser aprovado.
Vários países asiáticos têm pedido cotações a empresas uruguaias, como por exemplo, Líbano, Arábia Saudita e China Popular. Entre os bovinos, o gado holandês seria o que teria mais chances, já que o Uruguai, juntamente com a Austrália, a Nova Zelândia, o Canadá e os EUA, faz parte do grupo dos grandes exportadores mundiais.
Resposta ao México
Com relação à relutância do México em importar os produtos uruguaios, Ugarte garantiu que o Uruguai está reconhecido pela Organização Internacional de Epizootias (OIE) e pelo Codex Alimentarius da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (Food and Agriculture Organization – FAO) como um país com alto nível sanitário. “Temos técnicos capacitados de mais alto nível e, por isso, temos o direito se sermos reconhecidos pela capacidade de certificação de produtos”.
Deste modo, Ugarte se posicionou contra algumas críticas emitidas pelo diretor de Sanidade Animal do México, Javier Trujillo, que disse que a situação sanitária do Uruguai, a princípio, não é adequada para exportar ao México, já que o país não é livre de aftosa sem vacinação, e defendeu a presença de um inspetor mexicano nos frigoríficos, ganhando US$ 6000 por mês, para dar respaldo à exportação de carne.
Fonte: El País, adaptado por Equipe BeefPoint
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É muito importante para o Mercosul a abertura do Mercado Asiático para as carnes bovinas e ovinas. Uruguai durante vários anos foi um país livre de aftosa sem vacinação, status que voltaremos a ter com a coordinação regional Mercosul para a aftosa e outras doenças exigidas pelos mercados Alca e UE.