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Confinamento: ferramenta de manejo de pasto

Assim como a irrigação, o confinamento deve ser encarado como uma ferramenta de manejo de pasto cujo principal objetivo é permitir o aumento da capacidade de suporte da propriedade, por minimizar os efeitos da estacionalidade de produção forrageira.

O insucesso de alguns confinamentos no passado se deveu às margens estreitas ou inexistentes para quem simplesmente comprava o boi magro para confinar. Mesmo estando próximos aos resíduos de agroindústrias, em anos onde não existiu “repique” da arroba na entressafra, era impossível competir com a arroba produzida à pasto e muitos confinadores “quebraram” difundindo-se a idéia de que confinar é mau negócio.


Felizmente essa visão está mudando e muitos pecuaristas já admitem fazer o confinamento mesmo que com “lucro zero” (arrobas engordadas apenas pagam o custo do confinamento) desde que consigam ganhar em escala de produção nos pastos bem manejados e adubados na época mais favorável do ano.

Desta forma aumentam o número de arrobas produzidas a baixo custo nos pastos, e ainda têm a possibilidade de ganhar na valorização dessas mesmas arrobas (nos anos de repique), transferindo-as para serem vendidas na entressafra.

Mais uma vez, planejamento e tecnologia são as palavras de ordem para se manter na atividade.

0 Comments

  1. Luiz Henrique Calin Sandrini disse:

    Caro Junior, é muito interessante a forma como conduz seus artigos, pois usa linguagem simples e clara sobre o que o produtor precisa ouvir.

    Nós, como consultores, temos a responsabilidade de levar tecnologia para o campo de forma prática e aplicável, e mais do que isso, analisar cada situação, pois como se costuma ver, é constante a publicação de “receitas de bolo” o que na maioria das vezes causa insucesso na utilização da tecnologia e assim causando um receio por parte dos pecuaristas em aplica-la.

    Eu particularmente acredito que na pecuária irá acontecer o mesmo que aconteceu na agricultura, o produtor que não se atualizar e ser eficiente sairá da atividade, então a sobrevivência de grande parte dos pecuaristas dependerá de uma assistência técnica especializada, e isso não demorará a acontecer, é só observar as margens de ganho da pecuária atual em relação ao passado, estão se estreitando de forma que o pecuarista esta se descapitalizando, mas até quando essa situação se levará?

    O que será a saída na hora em que o buraco já estiver fundo? Por isso lhe parabenizo por expor de forma pública e responsável seu ponto de vista e que seu sucesso seja o sucesso de muitos outros.

  2. walterson rabelo disse:

    Meus parabéns pela matéria tão magnifica e simples de se entender, tinhamos que ter mais pessoas como vocês.

    Quanto mais simples, melhor o entendimento do produtor.