Duas das maiores economias do mundo estabeleceram um acordo de livre comércio. Apesar de o acordo eliminar quase todas as tarifas de bens manufaturados, mantém as barreiras comerciais dos Estados Unidos contra importações de açúcar, carne bovina e produtos lácteos da Austrália. Tanto o representante comercial dos EUA, Robert Zoellick, como o ministro do Comércio da Austrália, Mark Vaile, que negociaram o acordo, pediram aos legisladores de seus países para rapidamente aprovarem o acordo de forma que este entre em efeito em primeiro de janeiro de 2005.
“Há uma realidade econômica que dá suporte a este acordo de livre comércio”, disse Zoellick. “Mais de 99% dos bens manufaturados comercializados entre os EUA e a Austrália ficarão livres de tarifas a partir do primeiro dia em que este acordo entrar em efeito. Esta é a mais significante redução imediata em tarifas industriais já conseguida em um acordo de livre comércio dos EUA”.
Ele disse que o acordo fornecerá mais oportunidades econômicas para os EUA e para a Austrália ao remover barreiras em produtos agrícolas, investimentos, aquisições governamentais e serviços enquanto protege a propriedade intelectual. Zoellick disse que espera a aprovação do acordo no próximo verão. O governo federal dos EUA e alguns líderes republicanos no Congresso estão pressionando por votos em acordos com a Austrália e com Marrocos neste ano.
As negociações sobre o Acordo de Livre Comércio entre os EUA e a Austrália começaram em março de 2003. As negociações foram completadas em oito de fevereiro de 2004 e cinco dias depois, o presidente George W. Bush notificou o Congresso sobre sua intenção de entrar com o acordo.
“O acordo de livre comércio é sensível às preocupações expressadas pelo Congresso e pelos produtores de leite e carne bovina, e o acordo usa cotas e tarifas para responder a estas preocupações à medida que o comércio aumenta”, disse o Representante Comercial Oficial dos EUA, explicando a exclusão da carne bovina e dos produtos lácteos do acordo de livre comércio.
O representante disse também que as tarifas de volumes acima da cota serão retiradas em fases durante um período de 18 anos. Além disso, as importações extras de carne bovina da Austrália sob a cota tarifária equivalerão a aproximadamente 0,17% da produção anual de carne bovina dos EUA e a 1,6% das importações anuais de carne bovina do país. Os aumentos da cota terão efeito quando as exportações de carne bovina dos EUA retornarem aos níveis de 2003 (antes da encefalopatia espongiforme bovina – EEB), ou três anos depois da data efetiva do acordo de livre comércio.
Fonte: MeatNews.com, adaptado por Equipe BeefPoint