A condição de risco desconhecido do Piauí em relação à febre aftosa está servindo de empecilho para que o Maranhão saia da condição de alto para médio risco. Tudo porque o Estado vizinho ainda não conseguiu avançar em suas ações de combate à doença, ao contrário do que ocorre no Maranhão. A informação foi divulgada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) ao governador maranhense, José Reinaldo Tavares.
A pedido do governo estadual, uma equipe de auditores do Mapa esteve no Maranhão este mês para avaliar a estrutura do serviço de atenção veterinária instalada no Estado.
O delegado da agricultura federal no Maranhão, Fernando Luís Mendonça, admitiu a existência do problema apesar dos esforços no combate à doença. “Ou o Piauí passa para alto risco ou o Maranhão parte para uma zona tampão”, afirmou.
Ao mesmo tempo em que apontou uma alternativa, o delegado da agricultura fez uma ressalva. O Estado até pode partir para uma zona tampão e bloquear a entrada de animais provenientes do Piauí. O problema, conforme constatou a auditoria, vai ser conseguir impedir o tráfego de animais do Piauí para o Maranhão. “Não se tem condições de garantir a vigilância da fronteira”, destacou Mendonça.
Mendonça apontou outro ponto crucial que vai influenciar na decisão do ministério em mudar a classificação do Maranhão: o índice de cobertura vacinal contra a aftosa a ser alcançado nesta primeira etapa do ano.
A pesar de ter alcançado 84% de cobertura em novembro do ano passado, o histórico dos últimos três anos ainda apresenta baixos índices em regiões isoladas. Em julho está prevista uma nova auditoria do Ministério da Agricultura.
Fonte: Gazeta Mercantil (Franci Monteles), adaptado por Equipe BeefPoint