O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Maçao Tadano, debate hoje, a partir das 10 horas, as novas regras do calendário do Sistema Brasileiro de Identificação de Origem Bovina e Bubalina (Sisbov) na Comissão de Agricultura e Política Rural da Câmara dos Deputados, plenário 6.
Segundo a coordenadora do Sisbov, Denise Euclydes Mariano, desde a última segunda-feira (31/5), o Mapa passou a exigir a quarentena de 90 dias para o abate com destino à exportação, prazo que aumentará para 180 dias a partir de 30 de novembro deste ano e 365 dias em 31 de maio do ano que vem. “Em dezembro de 2005, todos os animais dos 15 estados reconhecidos como área livre de febre aftosa deverão estar cadastrados no Sisbov”, enfatizou.
Fonte: Mapa, adaptado por Equipe BeefPoint
0 Comments
Este release do MAPA dá a entender que seus representantes vão debater, quando na verdade foram convocados.
O release da Acrissul esclarece melhor:
“Foi aprovada por unanimidade na Câmara Federal, no dia 26 de maio, a realização de uma audiência pública para discutir as normas de rastreabilidade do Sistema de Identificação de Bovinos e Bubalinos (Sisbov), estabelecidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
A informação é do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Leôncio de Souza Brito Filho, que participou da audiência em Brasília. De acordo com Léo Brito, o pedido para a realização da audiência foi encaminhado pelo deputado federal Waldemir Moka à Comissão de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados. Moka que há várias semanas vem discutindo o assunto com produtores rurais e profissionais do setor de Mato Grosso do Sul, defendeu a necessidade de uma ampla discussão centre todos os elos da cadeia produtiva da carne com o Ministério da Agricultura. “Essas normas são resultado de um lobby poderoso dos frigoríficos e das certificadoras que insistem nessa exigência que é absurda”, declarou o deputado, afirmando que sabe da importância da rastreabilidade, porém não da forma que está sendo imposta.
Entre os itens mais questionados pelos produtores está a exigência da rastreabilidade para 100% do rebanho do país. De acordo com Moka os grandes países exportadores de carne como: Argentina, Austrália e Uruguai têm no máximo 12% do rebanho rastreado.”
Talvez agora comece a ser desvendado o mistério sobre a incrível exigência de identificação individual dos nossos animais. Por incrível que possa parecer, a Europa não exige identificação individual de animais do Brasil, por ter nosso país recebido deles a classificação de zona de risco 1 — a mais baixa possível. Por quê entao o MAPA, a CNA e tantos outros atores do processo estão a impor aos pecuaristas exigências quase suicidas, para delícia de nossos adversários comerciais? A resposta fica para a Câmara, nossa última possibilidade de pôr cobro a tão alucinado disparate.