Estados Unidos, Canadá e México, que integram o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (North American Free Trade Agreement – NAFTA), enviarão à Argentina uma missão sanitária conjunta, em setembro próximo, com o objetivo de começar a avaliar a abertura do mercado da América do Norte às carnes argentinas.
Este foi o principal resultado das reuniões que o secretário da Agricultura, Pecuária, Pesca e Alimentação da Argentina, Miguel Campos, manteve em Winnipeg, Canadá, com os representantes norte-americanos e canadenses que participam do Congresso Mundial de Carnes.
O vice-secretário de Política Agropecuária e Alimentos da Argentina, Claudio Sabsay, estimou que, no segundo semestre do próximo ano, os mercados dos Estados Unidos e do Canadá poderiam retomar as compras de carnes frescas argentinas, suspensas em março de 2001 pelo reaparecimento de febre aftosa no país.
Campos fez uma queixa contra a discriminação que os países que têm febre aftosa sofrem no que se refere às exportações. “O mundo importador deve reconhecer hoje o esforço sanitário da Argentina e entender que a aftosa não é uma enfermidade que se transmite aos humanos e que vender carne sem osso e maturada elimina qualquer possibilidade de contágio (dos rebanhos dos países compradores), o que não acontece com outras doenças”.
Campos também se reuniu com o comissário da Agricultura da Comissão Européia, Franz Fischler, a quem reiterou a oferta do Mercosul à União Européia (UE) para o fechamento de um acordo de livre comércio que basicamente consiste em levar a zero as tarifas de importação de alimentos processados nos dois blocos econômicos. Sabsay disse que Fischler classificou a proposta como “positiva”.
Fonte: La Nación, adaptado por Equipe BeefPoint