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Carne já embarcada de MT é liberada à Rússia

Os contêineres carregados com carnes do Mato Grosso, que estiverem nos portos brasileiros ou em trânsito, poderão ser descarregados normalmente na Rússia, informou ontem (01/07) o governador do Estado, Blairo Maggi.

Segundo ele, a autorização para desembarque dessas cargas está prevista no acordo fechado pelos governos do Brasil e da Rússia, suspendendo o embargo da carne brasileira naquele país.

Embora as exportações já tenham sido retomadas, os frigoríficos mato-grossenses ficarão proibidos de vender carne para a Rússia por um período máximo de 12 meses, porque o Estado faz divisa com o Pará. A exceção são as cargas já embarcadas. Maggi anunciou, no entanto, que pretende enviar missão à Rússia, em data a ser definida, para levantar a proibição antes do prazo.

O governador, que se reuniu na quarta-feira (30/06), em Cuiabá, com o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, disse que os mato-grossenses ficaram em desvantagem no acordo fechado com a Rússia. Além da forte presença na pecuária de corte, o Estado é grande exportador de carne de frango e de suínos para a Rússia, respondendo por 4,9% das vendas desses produtos para aquele mercado. Em 2003, as exportações de carnes de Mato Grosso para a Rússia somaram 83 mil toneladas, com receita cambial de US$ 100 milhões.

Maggi espera que a suspensão dos frigoríficos mato-grossenses seja revista rapidamente. Em até dez dias, técnicos do governo federal e do Estado vão concluir um documento com argumentos técnicos para pedir o fim do embargo. “Apesar de Mato Grosso ser Estado limítrofe ao Pará, o foco em Monte Alegre é muito distante da nossa divisa. Há, aliás, um rio entre o foco e o Mato Grosso”, afirmou.

Outro argumento a ser apresentado é que há 130 meses o Mato Grosso está sem foco de aftosa. “Será uma negociação técnica e também política, por isso, pedi ao ministro que nos acompanhe”.

Na reunião com Rodrigues, o governador reclamou da falta de recursos para a defesa sanitária. Em 2003, disse, os três estados do Centro-Oeste receberam R$ 0,05 por cabeça para controle sanitário, quando seriam necessários R$ 0,90. Considerando o rebanho do Centro-Oeste, a necessidade seria de R$ 160 milhões.

Fonte: O Estado de S.Paulo (Fabíola Salvador), adaptado por Equipe BeefPoint

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