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Cai o faturamento em feiras de terneiros no RS

Faltaram compradores para os terneiros de outono no Rio Grande do Sul. Levantamento feito pela reportagem nos 42 sindicatos rurais que pretendiam realizar mostras oficiais revelou 30.438 animais vendidos, quase sete mil a menos que o projetado para a temporada. Segundo os organizadores, a rentabilidade nas pistas foi a pior dos últimos anos. O faturamento atingiu R$ 7,3 milhões nas 35 exposições realizadas, 26,74% abaixo dos R$ 10 milhões estimados.

Quatro feiras foram canceladas, entre elas a da Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais Raça (Febrac), que no ano passado ultrapassou R$ 1 milhão. Três municípios não forneceram os dados de comercialização. O recorde do número de feiras até garantiu elevação em relação a 2003, mas os preços baixos e o excesso de oferta frustraram os negócios.

A ampliação do número de praças era o principal motivo para a esperança de superar o impacto que vem causando a desocupação de áreas de pecuária para cultivo de grãos como os de soja, principal fator da redução da demanda por terneiros.

Outro fator determinante foi a manutenção do preço baixo do boi gordo, que reflete diretamente na cotação do boi magro. O resultado é que o valor médio dos terneiros nos remates não passou da faixa de R$ 1,43 enquanto as fêmeas registraram valor de R$ 1,24.

Um exemplo do que se repetiu em diversos municípios pode ser constatado em Lavras do Sul, palco de uma das maiores feiras do estado. Cerca de 20% dos lotes saíram sem oferta, fato que não acontecia há 16 anos, enfatiza o presidente da Comissão de Pecuária de Corte da Federação da Agricultura do RS (Farsul), Fernando Adauto de Souza. “Além da baixa demanda obtivemos preço inferior às duas últimas temporadas no Estado”, lamentou.

Fonte: Correio do Povo/RS, adaptado por Equipe BeefPoint

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