A falta de recursos federais para as ações de defesa sanitária animal, que são realizadas pela Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), não afetará a campanha de vacinação contra a febre aftosa, que começa na próxima quarta-feira (01/05) em Mato Grosso do Sul. Desde novembro o órgão espera R$ 5 milhões do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que não foram liberados em função de dívidas pendentes do Governo do Estado (na administração anterior e na atual).
Mesmo assim, segundo o diretor-presidente do Iagro, Loacir da Silva, a expectativa é que, nesta etapa, sejam imunizados de 10 a 11 milhões de bovinos com idade até 24 meses. A vacinação é obrigatória em todas as propriedades do Planalto e do Pantanal.
O prazo para vacinação vai até o dia 31 de maio para as propriedades do Planalto e até 15 de junho para o Pantanal. Os produtores têm até 15 dias após o prazo final de vacinação para fazer a notificação da vacina nos escritórios do Iagro e devolução dos frascos.
Parceria
Na expectativa de receber os recursos (que não têm previsão de data para liberação), o Iagro vai contar agora com o apoio do Governo do Estado para a realização da campanha institucional na mídia. Para pagar as diárias e os deslocamentos de técnicos veterinários que estarão envolvidos na segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa de 2002, o órgão está recorrendo ao Fundo Emergencial de Combate à Febre Aftosa (Fefa/ MS), entidade mantida pelos pecuaristas. A informação foi dada pela assessoria de imprensa do Iagro.
Com relação ao índice de vacinação, Loacir enfatiza “queremos pedir ainda o apoio e contar com a parceria dos produtores, sindicatos e associações, para que possamos atingir um índice de vacinação de 97% do rebanho, como ocorreu nas etapas de novembro e fevereiro em Mato Grosso do Sul”.
Ele reafirmou que a falta de recursos que assola o órgão não afetará o serviço de vigilância na campanha de vacinação. “Vamos continuar fazendo o possível em termos de vigilância sanitária na fronteira com os poucos recursos que temos. O importante é manter o status sanitário de nosso rebanho a qualquer custo”, conclui.
Fonte: Correio do Estado/ MS (por Rosana Siqueira) e Campo Grande News (por Paulo Nonato de Souza), adaptado por Equipe BeefPoint