O receio de que a falta de gado rastreado afete as exportações de carne levou o presidente do Sindicato/Associação Rural de Bagé (RS), Paulo Dias, a conclamar os produtores da região para cadastrarem seus animais no Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina (Sisbov).
Segundo o diretor do Frigorífico Mercosul, de Bagé, Mauro Pilz, a perspectiva de falta de bovinos rastreados pode comprometer o ritmo de abates para o mercado externo a partir de setembro. Pilz disse que a manutenção de 1,8 mil abates/dia no frigorífico dependerá da oferta desse produto.
Fonte: Correio do Povo/RS, adaptado por Equipe BeefPoint
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A falta de animais rastreados para abate no Rio Grande do Sul é consequência da baixa remuneração paga ao produtor gaúcho.
Existe somente um frigorífico exportador no Estado, o Mercosul do Sr. Mauro Pilz, que tem o monopólio do setor. Os frigoríficos do centro-oeste do país têm as escalas de abate lotadas para 15 dias, pagando R$63,00/@, enquanto no Rio Grande do Sul a arroba não passa de R$50,00.
Quem não paga tem dificuldade em receber a mercadoria que deseja.
Enquanto o Sr. Mauro aumenta a sua lucratividade ano após ano, o produtor vê o seu poder de investimento cada vez menor.
A falta de incentivo pelos frigoríficos em pagar mais pelo boi rastreado está fazendo que os pecuaristas relutem em rastrear seus animais. O que deveria acarretar ágio no preço da @ do boi, transformou-se em deságio no comum.
Por enquanto só os frigoríficos estão lucrando. É hora da classe produtora se unir e exigir melhores preços pagos pelas industrias de carne.