RS: Frigorífico Mercosul dá início às atividades do antigo Riopel

A reativação da planta industrial do antigo frigorífico Riopel, no Capão do Leão (RS), é uma realidade. Sob a marca Mercosul, empresa que adquiriu as instalações em junho deste ano, a agroindústria voltou à plena atividade, na manhã de ontem, quando foi realizado o abate experimental de 160 bovinos.

Apesar da inauguração oficial ter ocorrido no dia 8 deste mês, o início dos abates dependia do laudo sanitário do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Vencida essa etapa, a empresa se prepara agora para aumentar gradativamente o número de animais para abate, que passa a ser realizado diariamente. “À medida que se adquire segurança no processo industrial, o número de bovinos será aumentado até se chegar à meta de mil animais ao dia”, explica o gerente geral da unidade, Armando Brasil Salis.

A carne destes primeiros animais terá como destino o mercado interno. A partir de agora todos os procedimentos sanitários do frigorífico passam a ser monitorados para passar por uma nova vistoria do Mapa, com vistas ao mercado externo. Em princípio deve ser pleiteada a venda para países da lista geral (países do Oriente Médio e continente africano, além de Hong Kong) e em seguida, buscar o exigente mercado comum europeu.

Salis informa que o grupo compra gado em todo o estado, mas por se localizar dentro de uma região produtora, deve priorizar a aquisição de animais nas redondezas. Além de custo menor de frete, ele elogia a profissionalização do produtor local, que investiu nos rebanhos para a melhoria de qualidade da matéria-prima. “Estamos muito satisfeitos com essa melhoria genética dos animais abatidos”.

A expectativa é de que ao atuar com a capacidade máxima, que é de 1,2 mil animais ao dia, o número de empregos diretos gerados chegue a mil funcionários.

A meta do grupo Mercosul para este ano é de abate de 400 mil cabeças e geração de 60 milhões de dólares em exportação. A atuação se dá em 42 mercados que compram carne de países livres de aftosa com vacinação, entre eles o europeu e chileno. O abate mensal é de seis mil cabeças, com desossa de 80 toneladas ao dia. As exportações chegam a cinco milhões de dólares ao mês.

Fonte: Diário Popular/RS, adaptado por Equipe BeefPoint