Intensificado a partir do início das chuvas, o mercado de animais de reposição para a engorda em regime de pasto ou confinamento ainda não reagiu como esperavam os técnicos e empresários do setor. O que se espera, agora, é uma maior pressão de demanda nos meses de janeiro e, principalmente, em fevereiro.
Mesmo havendo boa oferta, a procura pelo boi magro, com idade igual ou superior a dois anos é considerada pequena.
Na região de Quirinópolis (GO), por exemplo, onde os produtores realizam feiras de gado de reposição, os negócios ainda não esquentaram. O boi magro está sendo comercializado a R$ 600, segundo o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais do município e da Comissão de Pecuária de Corte da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Eduardo Fleury.
Cotado a R$ 650 na região de Anápolis e a R$ 610 em Rio Verde, o boi magro apresenta valorização de 16,07% e 22%, respectivamente, em relação ao mesmo período do ano passado, segundo cotação da Agenciarural. Em Goiânia, informa a assessora técnica da Faeg, Cristiane de Paula Rossi e Carvalho, o preço variou de R$ 550 em dezembro do ano passado a R$ 635 no mesmo mês este ano, uma diferença de 15,45%.
A cotação histórica do boi magro equivale ao preço de nove a dez arrobas, lembra o presidente do Sindicato das Indústrias de Carne do Estado de Goiás (Sindicarne), José Magno Pato. A previsão de que haveria redução do rebanho em função da migração dos produtores para a agricultura provavelmente não se confirmará, aposta ele. “De todo modo, teremos um dado concreto quando forem totalizados os números da campanha de vacinação contra a febre aftosa”.
Magno Pato acredita que se o Brasil mantiver sua posição no mercado internacional, a pecuária viverá um bom momento. A desvalorização do dólar frente ao real, porém, impõe aos exportadores o desafio de adequar os preços do produto brasileiro no mercado externo, para que não fiquem abaixo dos praticados no País.
Fonte: O Popular/GO, adaptado por Equipe BeefPoint